O julgamento do caso Richthofen, que deveria começar nesta segunda-feira com os três acusados, foi desmembrado. Com isso, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos irão a júri no próximo dia 17 de julho, também no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).
O motivo é a ausência da defesa dos irmãos. Os advogados alegaram cerceamento de defesa e não compareceram ao fórum. A defesa não teria conseguido conversar com os irmãos antes do início do júri.
O júri popular estava previsto para começar às 13h. Além dos irmãos, também é acusada e ré confessa do crime Suzane von Richthofen, filha do casal Manfred e Marísia, assassinado em 2002.
Ainda não há confirmação se o julgamento de Suzane começa nesta segunda.
Por volta das 14h, os três acusados já estavam sentados lado a lado no 1º Tribunal do Júri. Ao cindir o julgamento, o juiz perguntou aos irmãos se eles queriam mudar de advogados, e a resposta foi negativa.
Apesar de sentar ao lado de Daniel no plenário, Suzane não olhou para o rapaz, que era seu namorado à época do crime.
Suzane, que cumpre prisão domiciliar, veste calça jeans e uma blusa bege. Os irmãos, atualmente presos no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, vestem o uniforme do sistema prisional e estão algemados.
Punição
Os advogados dos Cravinhos podem ser punidos por faltar ao julgamento. O promotor Nadir de Campos Júnior afirmou que entrará com uma representação na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) contra Geraldo Jabur, que defende os irmãos.
Segundo o promotor, Jabur havia se comprometido com o julgamento.
Júri
Na última sexta-feira (2), a pedido dos advogados de Suzane, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo decidiu proibir o registro de imagens e sons do júri. A sessão será acompanhada apenas por cerca de 30 jornalistas.
A procura do público interessado em acompanhar o júri foi grande. Cerca de 5.000 pessoas se inscreveram no site do Tribunal de Justiça para assistir ao júri. Apenas 80 foram sorteadas.