O piloto alemão Michael Schumacher deverá explicar aos demais pilotos da F-1 as verdadeiras causas da manobra que provocou sua punição no GP de Mônaco, disputado no dia 28 de maio.
A afirmação foi feita pelo piloto italiano Jarno Trulli, que, com o escocês David Coulthard, compartilha o papel de representante sindical dos pilotos na Grand Prix Drivers Association (GPDA).
O anúncio foi feito em uma entrevista que publicou hoje o semanário especializado "Autosport".
"Pediremos a ele uma detalhada explicação do que aconteceu, sem polêmicas, mas com a certeza de que, se ele pode dizer o que quiser para a imprensa, não pode fazer o mesmo com nós, que somos pilotos como ele", afirmou o italiano.
Trulli foi um dos pilotos mais contundentes ao condenar Schumacher. "A ação de Schumacher foi um papelão inconcebível para um piloto sete vezes campeão mundial" havia dito o italiano, piloto da Toyota.
Schumacher desatou polêmicas em Mônaco, depois que, ao obter a pole-position no treino de classificação, freou seu carro e impediu a passagem de outros competidores que buscavam melhorar seus tempos.
As autoridades da corrida em questão puniram o piloto da Ferrari com a perda da pole position, e o colocaram em último lugar no grid de largada.
O alemão afirmou que sua detenção na pista não foi intencional, mas causada por uma falha de seu carro. A Ferrari se queixou de seu piloto ter sido punido "sem provas e apenas sob presunções".
Por outro lado, o jornal alemão "Bild" atacou com veemência o espanhol Fernando Alonso, atual campeão do mundo, por seu gesto ao cruzar a linha de chegada em Mônaco como vencedor, quando levantou o dedo do meio da mão esquerda.
"Aqui está a outra cara do campeão", havia titulado o jornal alemão, que defendeu Schumacher porque "não é perfeito", mas ressaltou que o piloto alemão "em 16 anos nunca chegou ao extremo de mostrar o dedo do meio a ninguém".
Colaboradores de Alonso disseram hoje que a imagem publicada pelo Bild não tem a ver com Schumacher, mas que foi um gesto de "desabafo pela irritação que o assédio dos fotógrafos lhe provocou" em Montecarlo.
Alonso, por sua vez, reconheceu que em Silverstone o aguarda "um fim de semana que não será fácil", mas destacou que "nada indica que ali a Renault não possa ganhar". Em mensagem publicada pelo portal da Internet da escuderia francesa, o espanhol definiu o traçado inglês como "propício ao R26".