A bomba estourou e isso não é nenhuma novidade na Pajuçara. Pouca gente se atreveu a falar, em público, que uma catástrofe estava para acontecer e tumultuar o clima no CRB. Pouca gente também disse que havia uma briga “feia e de insatisfação” entre setores da diretoria e o técnico Ferdinando Teixeira.
Para os incrédulos a provável derrota para o Sport, no último sábado, seria prato cheio para dispensar comissão técnica e alguns jogadores; mas o Galo quebrou o tabu e os diretores “incrédulos” não tinham um “Plano B”. Começava ali uma longa queda-de-braço.
Coisas do futebol
O que parecia impossível – a vitória regatiana – acabou virando uma demorada disputa de bastidores. De um lado o vice-presidente de futebol do clube, Ednilton Lins; do outro, o vice-presidente financeiro, Eduardo Rocha. Mesmo com a vitória Ednilton anunciou, logo após o jogo, a queda de Ferdinando Teixeira. Sem ouvir o pronunciamento de Ednilton à imprensa, Eduardo Rocha desmentia Ednilton.
Após quatro dias de luta, numa disputa de Titãs, tudo indica que apenas o CRB perdeu. Na verdade, perdeu a comissão técnica; o vice-presidente Ednilton Lins e o diretor de futebol Rafael Torres. Na formulação do “plano demissão” apenas Ferdinando estava na lista.
Há quem diga que mais cabeças “jogadores” estão na berlinda. Talvez esse lamaçal na Pajuçara tenha acontecido num momento bom, já que o time tem tempo para treinar e para se recuperar “internamente”.
Ele estava lá
O novo técnico do CRB é Roberto Cavallo, nome defendido por Ednilton Lins. Para quem não sabe Roberto Cavllo assistiu “in loco” ao jogo com o Sport e, só não foi confirmado lá porque o presidente licenciado, Celso Luiz, deixou a decisão para Maceió.
Por tanto, o circo estava armado para demitir o competente técnico Ferdinando Teixeira. O que eles não esperavam era uma vitória do CRB frente ao Sport, em plena Ilha do Retiro. Ou seja: faltou ao CRB, um plano B.