PGE decide sobre validade das eleições na Funesa

A Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE) deve decidir hoje a tarde sobre a validade ou não sobre as eleições para a presidência da Fundação Universidade Estadual de Alagoas. A decisão de transformar o cargo em eletivo foi do próprio Governo de Alagoas para aprimorar o processo democrático na instituição.

No entanto, durante o pleito em que concorreram os professores Dácio Brito e Ana Cristina – sendo o primeiro vitorioso nas urnas – houve diversas alegações de fraude feitas pela candidata derrotada. Os questionamentos levantados por Ana Cristina, que respondia pela Funesa antes das eleições, provocaram furor entre os estudantes e movimentos de apoio a Brito, que acusavam Ana Cristina de mandos e desmandos.

A discussão chegou ao plenário da Assembléia Legislativa. O deputado estadual Marcos Ferreira (PMN) – em discurso inflamado – disse que “estavam demorando a reconhecer Dácio Brito como presidente da Funesa por ele não pertencer ao bloco governista”. Ferreira denunciou um movimento arquitetado para “não validar a decisão democrática”.

As eleições da Funesa ocorreram no dia 11 de abril do ano passado. Depois de eleito, Dácio Brito chegou a participar de eventos como o atual presidente da instituição, mas nunca assumiu de fato pela questão se encontrar em subjudice. As eleições diretas da Funesa era uma cobrança antiga dos professores e estudantes da instituição. Dácio Brito foi eleito com pouco mais de 51% dos votos.

Ana Cristina se manteve na presidência da Funesa com um recurso na Defensoria Pública. Para Brito “houve decurso de prazo”, já que a lei prever validade do recurso se ele for entrado com até três dias depois do pleito. A professora alega que as eleições foram fraudadas por seis votos de funcionários que se encontravam em situação irregular. O presidente eleito diz que “não há irregularidades nos votos”

O deputado Marcos Ferreira – que defende Brito – colocou que “Ana Cristina não pode garantir que os seis votos foram dados ao professor Dácio Brito. As alegações dela são absurdas”. "Estou consciente da minha atitude e tenho plena convicção de que esses seis votos serão anulados", finalizou Ana Cristina.

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