Mulher acusa Samu de negligenciar atendimento

Alagoas 24 HorasElisângela Moreira: "Meu irmão poderia ter sobrevivido"

Elisângela Moreira: "Meu irmão poderia ter sobrevivido"

Na madrugada de ontem, o estudante Otávio Ferreira Moreira, 20 anos de idade, sofreu uma parada cardíaca em sua residência, na Rua Antonio Moares Costa – número 43. Os familiares assustados – entre eles a irmã Elisângela Ferreira Moreira – ligaram imediatamente para o Serviço Móvel de Urgência, por meio do 192. “Eu liguei duas vezes, falei com os atendentes, mas os médicos não vieram. Por esta razão, ele chegou no hospital morto”.

Elisângela Moreira conta que o máximo que conseguiu do serviço foi orientações via telefone. “Não adiantou muita coisa. Ele estava tendo uma parada cardíaca. Precisávamos de socorro com urgência e não tivemos sequer uma explicação para o fato deles não terem vindo. Eu tive que arrumar um veículo com os meus vizinhos para levar meu irmão ao hospital, mas ele já deu entrada na Unidade de Emergência em óbito”.

A irmã de Otávio Ferreira diz ainda que o rapaz agonizou durante meia hora antes de morrer. “Pelo tempo que ele ainda ficou vivo, eu tenho certeza que os para-médicos poderiam tê-lo ajudado. Se o Samu chegasse em tempo, eu não teria perdido o meu irmão. Eu quero uma providência. Quero saber como eles agem e porque isto aconteceu. Se foi porque não tinha viatura suficiente, ou se há seleção de casos a serem atendidos? Meu irmão morreu muito novo. Uma morte que talvez, poderia ter sido evitada”.

O corpo de Otávio Ferreira deu entrada no Instituto Médico Legal, na manhã de hoje. Elisângela Moreira esteve no Instituto para a liberação do corpo. “Meus pais não vieram. Ficaram em casa, dopados. Perder um irmão desta forma é muito doloroso. Ainda mais sabendo que não houve socorro, como deveria. O socorro foi ineficiente por ter sido feito por conta própria”.

Samu

O Alagoas 24 Horas – com base nas informações fornecidas por Elisângela Moreira – procurou falar com os responsáveis pelo Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu). A equipe de reportagem ligou para o número sede das equipes de socorro. Quem atendeu foi Andréa Perciano.

Indagamos sobre o fato. Perciano disse que era apenas atendente do sistema e que buscaria maiores informações. Segundo ela, os dados foram repassados para os plantonistas do dia, que deram como resposta a impossibilidade de checar o que houve, neste domingo.

“A informação que me passaram é que apenas o setor administrativo pode detalhar o caso e saber realmente o que aconteceu. O setor só funciona a partir da segunda-feira. Vamos repassar o número para o Alagoas 24 Horas e amanhã vocês ligam”. Andréa Perciano nos forneceu o telefone do setor administrativo, mas não soube dá maiores detalhes sobre o que de fato aconteceu no atendimento a Otávio Moreira. O Alagoas 24 Horas tentou entrar em contato com o coordenador do Samu, Hernan Tenório, mas não obteve êxito.

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