Reforma universitária propõe avanços em Medicina

O curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas está passando, atualmente, por uma reforma curricular. A razão se deve a uma necessidade de mudanças na formação do profissional que atenda a saúde pública do país e, particularmente, a do nosso Estado. A partir dessa constatação, em nível nacional, os cursos de Medicina vêm também sendo submetidos ao mesmo processo para adequar o médico a essa realidade, cuja área, atualmente se sobressai como uma das mais precárias da sociedade.

Em 1997, uma avaliação feita entre os cursos de Medicina de todo o país, pela Comissão Inter-Institucional de Avaliação do Ensino Médico (CINAEM), detectou que os profissionais recém-formados não estavam bem preparados para atender as carências de saúde da população.

Segundo a diretora da Faculdade de Medicina da Ufal, Rosana Vilela, até então, a instituição não preparava seus alunos para, quando se formassem, atuar no Sistema Único de Saúde (SUS), dentro do Programa de Saúde da Família (PSF). “Cerca de 90% das atividades dos alunos, antes de iniciarmos a Reforma, eram realizadas nos hospitais, e quando eles concluíam o curso e entravam no mercado de trabalho, acabavam fazendo parte do PSF, realizando uma prática bem diferente do que tinha sido vista na Universidade”, afirma.

A partir daí, iniciou-se um longo processo de reflexão e discussões entre a comunidade acadêmica e os parceiros dos serviços que propunham ajustes no modelo vigente.

Em 2001, o MEC homologou as mudanças sob a forma de diretrizes nacionais para nortear os cursos de Medicina no Brasil. Mais recentemente, o curso da Ufal tem sofrido influências positivas para a construção de um novo modelo de ensino-aprendizagem. O marco inicial para essas mudanças partiu da criação de um Núcleo de Ensino Médico (NEMED), que agregou docentes, discentes e técnicos, com alguns segmentos da sociedade e representantes dos órgãos de classe e gestores da saúde.

Em reuniões semanais, esse Núcleo conseguiu, a partir de 2001, a construir o “Projeto de Reestruturação do Curso Médico”, com o tema central “Fortalecimento de uma proposta de formação baseada nas necessidades de saúde da população”, aprovado pelo Colegiado do curso em 2002.

Uma nova grade incorporada com todas as mudanças aprovadas está sendo aplicada às turmas iniciadas em 2006. Já as turmas mais antigas, próximas a se formar, continuam estudando baseados na grade de 94 e para os alunos que estão na metade do curso há uma grade intermediária.

Fonte: Ufal

Veja Mais

Deixe um comentário