Lei Seca divide opiniões de moradores do Santos Dumont

A Lei Seca que vigora a partir de amanhã, como experiência–piloto, no Santos Dumont, está dividindo as opiniões de moradores do bairro. Uma portaria, aprovada pelo Conselho Estadual de Justiça e Segurança Pública, determina que bares, churrasquinhos e boates da localidade, fechem diariamente, entre 22h e 6h. A medida visa combater os altos índices de criminalidade na região.

“Acho a determinação acertada, porque alguns bares, além da venda de bebidas, também servem como pontos de distribuição de drogas que é o nosso maior problema”, afirma a comerciante Adriana Soares.

Marcos Pedro da Paz, 31, gerente de um mercadinho, conta que o estabelecimento já foi vítima de assalto. “Penso que o fechamento dos bares vai ajudar na redução da criminalidade, apesar de saber que muita gente depende desse negócio”, completa.

José Luiz da Silva, 43, é proprietário de um bar há 18 anos, no Santos Dumont, e lamenta ter que fechar seu estabelecimento no período noturno. “A gente vai ter um grande prejuízo, com o fechamento a partir das 22h, porque é a partir desse horário que aumento o movimento; acho que vou ter de vender meu bar e passar para outra atividade”, disse.

O estudante José Carlos da Silva Júnior, 18, costuma beber cerveja no bar de José Luiz e concorda que a violência no bairro não ocorre apenas pela venda de bebidas. “A ‘maloqueiragem’ aqui não acontece somente nos bares; ocorre porque tem gente envolvida com drogas e falta policiamento”.

O aposentado Antônio Joaquim da Silva, 71, mora há a nove anos no Santos Dumont, e também é contra a Lei Seca, lembrando que o SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão), da Polícia Militar, no bairro, está fechado há quase dois anos.

O secretário de Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos, revelou que neste final de semana o policiamento atuará ainda em caráter educativo, mas a partir de segunda–feira, todos os bares terão que fechar.

Fonte: Tribuna de Alagoas

Veja Mais

Deixe um comentário