O candidato ao governo de Alagoas, Teotonio Vilela (PSDB), recebeu hoje pela manhã apoio da Fetag (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), na presença de dirigentes dos cem sindicatos existentes em todo o Estado, representando cerca de 260 mil filiados. Para ele, esse apoio é emblemático por ter sido anunciado no seu primeiro dia como candidato, depois de oficializar a chapa no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). “Começo a campanha com o pé direito, sintonizado e afinado com a classe trabalhadora”, destacou.
Segundo Teotonio, a valorização e a fixação do homem no campo, é uma das prioridades de seu programa de governo, que tem na geração de emprego o foco central. Em sua opinião, melhorar a qualidade de vida no Estado é trabalhar com eficiência as políticas públicas nas áreas da agricultura, indústria, turismo e educação. “Conheço Alagoas palmo a palmo, tenho trabalho como senador em cada um dos 102 municípios, e a minha experiência pública me ajuda a conhecer os problemas e a forma de equacioná-los”, acrescentou.
Nota dez
O candidato citou que no seu primeiro mandato, como senador da Assembléia Nacional Constituinte, foi responsável por levar a palavra “Sertão” para a Constituição brasileira. “Depois de percorrer 15 mil quilômetros de Sertão nordestino, consegui que 50% dos recursos do Fundo do Nordeste (FNE) fossem destinados ao Semi-árido”, enfatizou. “Não se pode combater a seca, é preciso saber conviver com ela”, salientou, ao lembrar que na época em que presidiu a CPI da Seca, pode ver de perto a realidade da região sertaneja do Nordeste.
Também em seu primeiro mandato, Teotonio fez referência ao reconhecimento dos trabalhadores brasileiros, que lhe conferiram o diploma “Palavra de Honra”, por ter votado sempre em favor de suas causas na Constituinte. “O DIAP (Departamento Intersindical Parlamentar do Congresso Nacional) também me concedeu nota dez pelos votos em defesa dos trabalhadores”, ressaltou. “Eu sempre tive o voto dos trabalhadores e minha escola em favor da causa da justiça e igualdade de direitos foi em casa, com o velho senador”, aponta o candidato.
Escolha
O fato de sua família ter uma usina e de seu pai ter sido usineiro não interfere na sua relação com os trabalhadores, garante Teotonio. Ele conta que até por ter escolhido defender os oprimidos e a democracia brasileira, seu pai, o senador Teotônio Brandão Vilela, foi perseguido pelos generais da ditadura como empresário. “Cortaram crédito, perseguiram a usina como uma tentativa de intimidação, não permitiram que ele levasse uma destilaria para Colégio, onde ofereceria 2 mil empregos diretos, e nem assim conseguiram dobrar meu pai”, ressaltou.
“Cresci tendo uma relação forte com a justiça social, com a igualdade de direitos, e enquanto via meu pai sofrendo perseguição enquanto empresário, por defender a liberdade na política, outros empresários, igualmente usineiros como ele, beijavam as botas dos generais da ditadura, os generais que tratavam os trabalhadores no cacete e até na bala”, acrescenta o candidato. “Estou aqui para caminhar junto com os trabalhadores, com os segmentos organizados, com quem quer o melhor para o Estado e para o povo”, assegurou.
Dirigentes sindicais elogiaram a participação de Teotonio na política nacional em favor do trabalhador rural, como a criação de programas a exemplo do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e a renegociação da dívida dos produtores rurais.
Entre os diretores da Fetag, estavam presentes o presidente Antônio Vitorino, o vice-presidente Florisval Silva, a coordenadora do grupo de mulheres, Maria Rilda, a coordenadora da Juventude, Naiana, entre outros. Também prestigiaram o evento o candidato a deputado federal pelo PSB, João dos Santos (apoiado pelo movimento de trabalhadores rurais do Estado), o presidente da CUT, Isaac, o gerente executivo do INSS, Ronaldo Medeiros, e outras autoridades ligadas ao setor agrícola.