O deputado federal e candidato ao Senado Thomaz Nonô (PFL) se encontra reunido – neste momento – com a bancada de situação da Câmara de Vereadores de Maceió. Segundo o deputado, o café-da-manhã é para celebrar uma união e um apoio público de parte do parlamento municipal.
“Existem dois apoios que considero de suma importância, já que quando se exerce a função de deputado federal você se afasta um pouco de suas bases. Estes são o do prefeito Cícero Almeida (PTB) e dos vereadores. Falo de todos. Claro que terei dificuldade de convencer o petista Judson Cabral a votar em mim, mas vou lutar pelo maior número de votos possíveis e pela ampliação da minha base”, destacou.
Nonô aproveitou o encontro para comemorar a pesquisa do Vox Populi, onde ele aparece como o segundo mais votado candidato ao Senado Federal, com 19% dos votos. “A campanha para o Senado vai polarizar entre mim e o Ronaldo Lessa (PDT). Eu consegui crescer 10% sem colocar o bloco na rua. O ex-governador possui uma mídia justa há pelo menos sete anos. Então estou esperando o guia eleitoral para mostrar minhas propostas e convencer que sou o melhor para Alagoas. Será um discurso sem baixarias. Não farei do meu guia eleitoral um filme pornô”, colocou o deputado federal.
Apesar de distante de seu principal opositor, nas pesquisas, o deputado se disse feliz. “Mostra que houve crescimento. Estamos com a campanha nas ruas, estes 19% são conquistados sem um adesivo em vidro de carro. Agora é que estou conversando com lideranças políticas que me apóiam. Encontro isto em todos os setores da sociedade. Há até uma ala do PSDB que vota em mim, apenas não vou citar nomes. O prefeito de Mata Grande, Fernando Lou, que é do PT, vota em mim”, disse.
Nonô disse que sua luta pelo Senado Federal vai ser feita colocando para o povo “os serviços prestados, durante os mandatos de deputado exercidos”. “Eu tenho o melhor fluxo possível em Brasília. Entendo a política de lá. Ninguém sabe melhor que eu. Alguém pode saber igual, como destaco o Renan Calheiros apesar das divergências políticas. É isto que tenho a oferecer ao povo alagoano. Os serviços prestados e a experiência em Brasília. Minha conduta sempre foi ilibada”.
Divergências internas
O candidato ao Senado negou ainda que haja divergência internas no diretório estadual do PFL. Nonô se refere ao fato do deputado estadual Antônio Albuquerque (PFL) apoiar a chapa rival com naturalidade. “O deputado Antônio Albuquerque é senhor de seu próprio juízo. Ele declarou apoio público ao Téo Vilela e não ao João Lyra, que está com a gente. No entanto, há bases dele que votam em mim e em Lyra. Acredito que ele vote em mim para o Senado Federal e não no Lessa. Ele apenas disse que votaria no Téo Vilela. Eu gravei o discurso dele na convenção do PSDB. Então, vejo isto com naturalidade”.
Nonô atribui a postura de Antônio Albuquerque à briga política com Celso Luiz (PMN), candidato a vice-governador na chapa de Lyra. “É compreensível a escolha do deputado estadual. Entendo da melhor forma possível. Ele e o Celso Luiz são adversários políticos históricos, então era lógico que o Albuquerque não apoiasse o candidato João Lyra, mas é tudo por conta da presença do Celso como vice”, destacou.
Brasília
Thomaz Nonô confessou que tem deixado Brasília um pouco em segundo plano. “Eu tenho apenas 90 dias para minha campanha e tenho me dedicado diretamente de corpo e alma. Porque os rivais estão há sete anos fazendo campanha. Presidi a sessão da previdência por conta de emendas que colocamos, mas estou na campanha quase que exclusivamente. É preciso trabalhar as bases”.
No entanto, como deputado federal não se poupou de tecer comentários sobre o cenário político de Brasília. Nonô disse estar afastado das discussões em torno da máfia dos sanguessugas e se safou de perguntas sobre o colega parlamentar João Caldas (PL). “Acredito que esta discussão vá ficar para o início de agosto, quando a Câmara Federal retornar, o que sei é que ele está afastado da mesa diretora”, colocou.
Para Nonô, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os sanguessugas é legitima. “A CPI não pode virar alarde, mas todo e qualquer processo investigativo é bem-vindo, desde que seja coerente”, sentenciou.
PT e PCC
Quando indagado sobre a participação do PT nos ataques criminosos em São Paulo, o deputado federal evita comentários profundos sobre o tema. “Não vou falar sobre isto. Eu quero discutir agora é a violência em Alagoas. Quero discutir a situação do nosso Estado, que neste momento, para mim é mais importante. Claro que sou um político do cenário nacional, mas neste momento Alagoas é que deve ser debatida. Sou um político de pouco tempo em Maceió e o tempo que estiver aqui tem que ser para conhecer a nossa realidade e por isso o apoio dos vereadores”, disse.