A Polícia Federal desencadeou hoje a Operação Fox com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar licitações e desviar verbas públicas federais destinadas às áreas de saúde e educação. A organização é composta por empresários e funcionários públicos. Até o momento foram presas 32 pessoas.
No decorrer das investigações, iniciadas em 2004 com o auxílio do Ministério Público Federal em Sergipe, a Polícia Federal constatou desvio de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), cuja destinação é capacitar professores e adquirir material didático para crianças e jovens do ensino fundamental. Na área de saúde foram prejudicados programas como o de farmácia básica e o de combate a endemias.
Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em nove municípios de Sergipe, dois municípios de Alagoas e um do estado da Bahia. Participam da operação 350 policiais federais, 30 auditores fiscais da Receita Federal, e 16 servidores da Controladoria-Geral da União.
São investigados os crimes de formação de quadrilha, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, peculato, crimes da lei de licitações, sonegação fiscal e crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.
Dentro de instantes será realizada entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal em Sergipe.
Prisões
O superintendente da Polícia Federal em Sergipe, César Nunes, informou agora há pouco que a prisão do prefeito Toinho de Dorinha, do município Poço Verde, localizado a 147 km de Aracaju, foi a primeira realizada pela PF durante a Operação Fox, ainda ontem.
César Nunes confirmou a informação depois que a emissora de TV local garantiu que a operação já havia realizado 32 prisões.
Informações não-oficiais dão conta que todas as pessoas presas durante a operação serão transferidas para o prédio-sede da Polícia Federal em Aracaju.
Em Alagoas
Em Alagoas, as ações da Polícia Federal e dos auditores fiscais estão concentradas nos municípios de São Brás e Arapiraca e teria resultado na prisão do prefeito Reginaldo Matias (PDT), de São Brás.
Na cidade de Arapiraca, a operação apreendeu documentos fiscais e computadores.