A Justiça do Rio de Janeiro pode aprovar o leilão para a compra da Varig, mesmo depois que os credores rejeitaram as venda da companhia aérea para a VarigLog em assembléia no dia anterior. Segundo fontes, isso ocorreria porque mais de 90% dos credores com maior volume de dinheiro a receber aprovaram a proposta, o que pesaria mais do que a contagem per capita.
A rejeição do leilão de venda da Varig se deu pelo voto contrário de empresas de leasing (aluguel) ligadas à norte-americana GE Capital.
A VarigLog quer a impugnação dos votos dessas empresas de leasing. Segundo o presidente da Varig, Márcio Bottini, essas companhias são credores que têm pequenas dívidas. Ele disse acreditar em reversão do resultado, após a análise do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio, responsável pela recuperação judicial.
Pela proposta da VarigLog, a Varig Operacional – que engloba as rotas domésticas e internacionais da Varig e da Rio Sul, e toda a estrutura comercial (sistemas de vendas e de reservas e balcões de atendimento – teria preço mínimo no leilão de US$ 20 milhões. A VarigLog desembolsaria cerca de R$ 500 milhões pela empresa, incluindo as chamadas obrigações acessórias, como debêntures (títulos conversíveis em ações) para pagamento de parte da dívida com trabalhadores e o fundo de pensão Aerus, mais o comprometimento de investir ao longo do tempo até US$ 485 milhões na nova Varig.
A receita da Varig velha, ou Varig remanescente, que permaneceria em recuperação judicial, viria da contratação de serviços pela VarigLog.
