A coordenadoria do Projeto Acolher Cidadão, da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), dá prosseguimento nesta quarta-feira ao Projeto Acolher Cidadão, com a contagem de mendigos e pedintes que estão na cidade de Maceió.
A idéia do projeto prevê atingir pelo menos 120 famílias que esmolam na capital para, em conjunto com o Ministério Público e a Delegacia da Criança e do Adolescente, encontrar uma forma de minimizar o problema social.
De acordo com o coordenador do projeto, Carlos César Alves de Souza, depois de feito o levantamento, deverão ser aplicadas as determinações sugeridas pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Na última sexta-feira (21), a equipe do Projeto Acolher Cidadão reuniu-se com representantes da Polícia Militar, Guarda Municipal, Conselho Tutelar, Aliança Comercial e Câmara dos Dirigentes Lojistas para discutir o objetivo do projeto e ouvir as reclamações dos representantes de cada entidade presente.
Na segunda-feira (24) pela manhã, funcionários da Semas, juntamente com seis conselheiros tutelares iniciaram o trabalho de campo no centro da cidade. Foram identificadas neste primeiro dia, doze famílias. O grupo de trabalho descobriu que a maioria dessas pessoas tem moradia fixa, alguma fonte de renda (aposentadoria ou pensão), além de receber benefício de programa do Governo Federal, como por exemplo, o Bolsa Família, mas que mesmo assim vão pedir esmola nas ruas.
Estratégias
A abordagem dos integrantes da equipe de trabalho responsável pelo levantamento, chega próximo ao pedinte e, verbalmente, pede para ele responda algumas perguntas, entre elas nome completo e endereço. Com essas informações os recenseadores conferem os dados e terminam por descobrir qual o perfil dos moradores de rua da capital alagoana.
O trabalho terá continuidade nesta quarta-feira, pela manhã, a partir das 8h, ainda no centro da cidade. Segundo Alves de Souza, o trabalho já está surtindo efeito positivo no centro da cidade, conforme informação dos próprios consumidores e de representantes de entidades ligadas ao comércio local. "Agora precisamos de policiamento constante da Praça dos Martírios, de onde recebemos muitas queixas", finaliza o coordenador do Projeto Acolher Cidadão.