O ex-chefe do PCC César Augusto Roriz, 39, o Cesinha, foi morto na manhã deste domingo, na penitenciária 1 de Avaré (262 km a oeste de São Paulo), considerada de segurança máxima, onde cumpria pena. Um preso foi acusado de ter cometido o crime.
Cesinha foi deposto da liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) em novembro de 2002, ao lado de José Márcio Felício dos Santos, o Geleião. Os dois eram considerados "radicais" e foram substituídos por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que lidera a facção até hoje.
Quando foram depostos, Cesinha e Geleião foram jurados de morte sob a alegação de terem feito delações à polícia. Em resposta às acusações, eles criaram outra facção, o TCC (Terceiro Comando da Capital).
Nos primeiros meses deste ano, diversos detentos da penitenciária 1 de Sorocaba (100 km a oeste de São Paulo) foram mortos em decorrência de uma guerra entre o PCC e o TCC. Informações extra-oficiais apontavam, na época, que as mortes ocorreram porque presos do PCC tentavam invadir setores dominados pelo TCC para matar Cesinha.
Neste domingo, a unidade estava praticamente vazia. Havia somente 37 detentos no local, que tem capacidade para 520.
O crime ocorreu às 10h30. Cesinha morreu ao ser perfurado por um espeto de madeira. Um detento identificado como Paulo Henrique Bispo da Silva foi preso em flagrante acusado de ter cometido o crime, de acordo com a SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária). O local em que o ataque ocorreu não foi divulgado.
O assassinato de Cesinha não interrompeu a visitação à unidade, por ocasião do Dia dos Pais, comemorado neste domingo.