Prefeitos, secretários de Agricultura e representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário discutiram hoje as etapas do processo de implantação da Lei de Consórcios entre os municípios que fazem parte dos territórios rurais. A medida é tida como uma das alternativas para a criação de um novo modelo de gestão, que priorize o desenvolvimento.
Alagoas faz parte do projeto nacional que envolve quase 4500 municípios e que estão sendo avaliados há cerca de três anos pelo governo federal. Com todos os levantamentos feitos chegou a hora da operacionalização dos planos territoriais que têm como base o envolvimento dos municípios que estão sendo agrupados por interesses comuns. Montar empreendimentos e garantir a participação social que assegure o funcionamento deles é o maior desafio,diz a delegada do MDA em Alagoas, Sandra Lira.
O seminário realizado em parceria com a AMA também criou um fórum permanente de secretários municipais de agricultura para garantir agilidade e eficiência as ações propostas e que precisam de apoio para implantação, tendo em vista que o município é o grande gestor dos projetos.
Para o consultor do ministério, Marcelo Guimarães falar de territórios rurais é falar não apenas de agricultura, mas de desenvolvimento. Hoje 90% dos municípios têm planos autônomos que não atendem as necessidades pela falta de recursos. Um problema que pode ser solucionado com o consórcio.
“O que estamos propondo é uma nova concepção de trabalho.Não com base na estrutura geográfica, mas nas atividades de interesse comum , que promovam relações de interação entre as cidades”,disse ele.
Para o prefeito Marcelo Souto, que presidiu a reunião, esse é o caminho para os municípios alagoanos que têm uma grande dependência financeira do governo federal. “Só criando alternativas de geração de emprego e renda vamos criar velocidade para mudar o quadro, acrescentou.