Os bancários de Alagoas vão se juntar a outras categorias hoje para manifestações no centro comercial de Maceió. Na oportunidade, será lançada a campanha salarial unificada dos trabalhadores com data-base no segundo semestre, organizada nacionalmente pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Além dos bancários, estão na campanha petroleiros, químicos, financiários, trabalhadores dos correios e os da contrução civil, entre outros. O ato está marcado para 9h30, em frente ao HSBC da Rua do Livramento.
O protesto dos bancários vai abordar o lucro recorde obtido pelos bancos no primeiro semestre deste ano, especialmente o Banco do Brasil (R$ 3,9 bi), Bradesco (3,1 bi), Itaú (2,9 bi) e Unibanco (R$ 1,0 bi). O sindicato da categoria mandou preparar um bolo de três metros para distribuir fatias com a população, simbolizando a divisão do lucro que a categoria exige para os trabalhadores e a sociedade. Faixas e panfletos vão criticar a cobrança indiscriminada de tarifas, as altas taxas de juros e a exploração cada vez maior dos bancários, fatores que têm contribuído para a alta rentabilidade das instituições financeiras.
Uma dos itens na pauta de reividicações dos bancários, entregue dia 10 à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), é uma maior Participação no Lucro e Resultado dos bancos. A categoria pede uma PLR de 5% do lucro líquido com distribuição linear entre os empregados, acrescida de um salário e mais R$ 1.500 fixos. Já nos salários, a reivindicação é de 7,05% de aumento real, além da inflação do período (setembro/2005 a agosto/2006). A próxima negociação entre a categoria e a representação patronal será na segunda-feira, dia 21.
Além de suas reivindicações específicas, os bancários e demais trabalhadores com data-base no segundo semestre vão centrar a campanha unificada em eixos gerais, como emprego, jornada de trabalho, saúde, segurança, direitos sindicais e políticas públicas. "Esta pauta será negociada com os governos federal, estaduais e municipais e o empresariado, tendo por objetivo constituir um processo que tenha como meta estratégica a conquista de Contratos Coletivos Nacionais por Ramo de Atividade Econômica", explica Luiz Artur, presidente nacional da CUT.