Exclusivo: Collor declara voto a Lula e disputa o Senado como independente

Gilberto FariasCollor receberá o apoio de lideranças do Baixo São Francisco

Collor receberá o apoio de lideranças do Baixo São Francisco

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRTB) assegurou que sua candidatura ao Senado é independente da disputa sucessória estadual e explicou o encontro com o deputado federal José Thomaz Nonô (PFL), que também disputa a vaga de senador. "O Nonô veio me dizer que não tinha vetado o PRTB na coligação e me pediu o apoio para a sua candidatura de senador, caso não fosse candidato", explicou.

Collor garantiu ao Alagoas24horas que a sua candidatura não está atrelada a nenhuma das candidaturas majoritárias estaduais. "Não estou atrelado à candidatura do João Lyra nem à candidatura de Téo, nem deveria estar. Como falei, a conversa que tive com o Nonô foi nesse sentido. Ele (Nonô) me disse que o PFL não vetou a coligação com o PRTB. Essa versão de que minha candidatura ao Senado é para ajudar o Nonô não existe".

O destino
Vivendo um de seus melhores momentos – foi pai e está reerguendo as finanças da Organização Arnon de Mello – Collor vai à luta com a disposição da primeira vez. "Minha campanha você sabe como é que é, eu vou lá no corpo a corpo, vou andar pelo Estado pedindo voto. Amanhã (sexta-feira, 1º) deve ir ao ar o nosso primeiro programa no horário eleitoral do rádio e da televisão. É um programa independente", acrescentou.

E para provar que a sua candidatura é mesmo independente, o ex-presidente contou que no dia da convenção que formou a coligação de apoio ao deputado João Lyra, para o governo do Estado, e Nonô para o Senado, o ex-deputado federal Euclides Mello ofereceu o PRTB para compor na coligação sem nada pedir em troca. A oferta foi recusada e disseram ao ex-presidente que os vetos foram dados pelos deputados Benedito de Lyra, Nonô e o ex-deputado Augusto Farias.

"Veja o destino como é. Se eles tivessem aceitado o PRTB estariam com mais dois minutos na televisão e eu não seria candidato ao Senado, porque a convenção já teria definido os nomes", raciocinou.

Vota no Lula
Sobre a eleição em nível federal, o ex-presidente declarou que votará no Lula e explicou: "O Lula é nordestino, conhece nossas raizes e nossas carências e tem agido rápido no atendimento aos pleitos do Nordeste. O outro candidato, eu falo do Alckimin (Geraldo), o que posso dizer é que está muito distante mesmo da região. Está na elite, se colocar o Alckmin solto por aí no Nordeste você vai pensar que é um ET (extraterrestre)".

Assessores do ex-presidente garantem que ele vive mesmo uma nova fase e o eleitor vai conhecer essa nova versão a partir desta sexta-feira, 1, quando Collor começará a aparecer no horário eleitoral da televisão. Com direito a dois minutos, o ex-presidente está seguro de que vai mudar o quadro eleitoral. "Vamos esquentar o debate", propõe, com a certeza de quem sabe o que terá de enfrentar e se preparou para isso.

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