Trabalhadores da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da fazenda Lucena, no município de Porto e Pedras denunciaram, agora há pouco, que policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da PM entraram na fazenda utilizando bombas para fazer a retirada forçada dos trabalhadores e três pessoas ficaram feridas.
Henrique Santos, um dos coordenadores estaduais do movimento conta que foi avisado de que os policiais entraram na fazenda atirando as bombas enquanto os trabalhadores corriam. “Os companheiros da resistência tinham decidido permanecer no local e estavm em vigília até que a situação se acalmasse. Foi então que os policiais invadiram o acampamento atirando bombas e perseguindo os trabalhadores que tentaram fugir para outra fazenda”, conta Henrique.
A coordenação ainda não sabe qual o real estado dos trabalhadores atingidos e afirma que a ação foi criminosa e recriminada pelo secretário Geral do Estado, Rogério Pinheiro. “O secretário nos garantiu que não autorizou nenhuma ação violenta de despejo e que entrará em contato com o governador o mais rápido possível”, completa.
A ouvidora agrário de Alagoas, Katiúcia Mendes explica que não tem muitas informações sobre o suposto conflito, mas está se encaminando para o acampamento em Porto de Pedras com o superintendente do Incra, Gilberto Coltinho, para tentar intermediar o conflito.
O Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) havia descartado a possibilidade de qualquer conflito no local, pelo menos até amanhã, quando acontece uma reunião com o ouvidor agrário Nacional Gercino Silva, em Brasília, mas tudo indica que o conflito foi inevitável.