Grupo curitibano Banza participa do Sonora Brasil em Alagoas
Presente na vida de milhões de brasileiros e em todos os estados do país, o Sesc (Serviço Social do Comércio) é hoje a maior referência nacional quando se fala em bem estar social. Criado e mantido pelos empresários do comércio de bens e serviços, o Sesc comemora no dia 13 de setembro 60 anos de existência. Em Alagoas, a data será comemorada com música, uma das mais antigas representações artísticas desenvolvida pelo ser humano. Através do projeto Sonora Brasil, o grupo curitibano Banza se apresenta em Maceió, fazendo um resgate da história da música brasileira em instrumentos históricos e tradicionais da Europa, África Ocidental e Brasil. A apresentação compõe a segunda etapa do Sonora Brasil e acontece no dia 13 de setembro, no Teatro Sesc Jofre Soares, às 20h, com entrada franca.
Com o tema Crioulo, o Sonora Brasil valoriza a singular contribuição musical de negros e brancos na cultura brasileira, resgatando toda a musicalidade de um dos símbolos referenciais da constituição do povo brasileiro. Utilizando-se do nome de um antigo instrumento musical africano, o mbanza, bastante comum nas Américas durante o período colonial, o grupo curitibano usa instrumentos históricos e tradicionais para harmonizar o desenvolvimento histórico da música.
Banza explora as conexões entre a música européia praticada no período colonial e as interações e modificações sofridas no Brasil, resultando no surgimento de uma verdadeira música popular brasileira em fins do século 18. Formado há três anos, o grupo trabalha com o repertório do início do século XVIII, contido em fontes musicais até agora pouco abordadas, como a música portuguesa para a viola (guitarra barroca), entre outras. Sempre procurando equilibrar um forte conteúdo de pesquisa com uma postura interpretativa mais livre, derivada da tradição oral brasileira.
O Banza é formado por Ademir Maurício (voz), Ana Paula Peters (flauta-doce e traverso), Orlando Fraga (teorba, bandurra, violas tradicionais e históricas), Rogério Budasz (violas tradicionais e direção) e Sandro Romanelli (violino histórico e rabeca).
O grupo já passou por 19 estados brasileiros levando música de tradição oral e erudita às platéias brasileiras. Depois da sua apresentação se dirige a Bahia e, ao final de 64 concertos, segue para sua cidade natal.
O Sonora Brasil – circuito nacional de música é uma iniciativa do SESC que já se consolidou como uma das ações mais importantes realizadas sistematicamente no país na área de música. Na primeira fase, em junho de 2006, o projeto trouxe a Maceió Os Filhos da Pitangueira, grupo de samba de chula tradicional da Bahia.
