O corpo do reeducando José Cláudio dos Santos, 32 anos, morto no dia 25 de agosto, por cinco companheiros de cela do módulo G5, pode ser exumado amanhã, a pedido do delegado Denisson Albuquerque, do 10° Distrito Policial.
Dois reeducandos assumiram a autoria do crime- José Cícero Dionísio dos Santos e Fábio Junior Canuto- e confirmaram ter matado José Cláudio a golpes de faca artesanal, mas não deram explicações para o crime.
Na época, a assessoria de comunicação da Secretaria de Ressocialização informou que os dois assassinos confessos e outros supostos participantes do crime foram encaminhados para a Delegacia do 10º Distrito Policial, onde foram ouvidos e autuados pelo delegado Denisson Albuquerque.
José Cláudio estava preso no Cyridião Durval desde o ano passado, onde aguardava julgamento pelo crime de furto qualificado. Ele teve todo o peito perfurado.
O caso de José Cláudio voltou a ganhar destaque depois que sua mãe, Josefa Maria dos Santos, procurou o delegado Denisson Albuquerque para denunciar diversas irregularidades na morte do seu filho.
Segundo ela, a família não foi informada quanto o falecimento da vítima e só ficou sabendo que José Cláudio havia sido assassinado quando foi visitá-lo no presídio. No Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML), Josefa foi informada que o mesmo havia sido enterrado no Cemitério Divina Pastora, como indigente, sendo que o presídio dispunha de todos os documentos do seu filho.
O delegado Denisson Albuquerque questiona outras informações sobre a morte do reeducando. Segundo o livro de registros do IML, José Cláudio teria sido morto por arma branca.
Entretanto, consta do laudo cadavérico morte por arma de fogo.
Amanhã, às 9h, Maria Josefa do Santos irá ser ouvida pelo delegado Denisson Albuquerque e o titular do 10° DP deverá solicitar a exumação do corpo de José Cláudio.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Ressocialização informou que já foi aberta uma sindicância para investigar a morte do reeducando e que tanto a Secretaria Coordenadora de Justiça e Defesa Social quanto a Vara de Execuções e a comarca no qual José Claudio respondia o processo foram comunicadas sobre o fato.