O chefe-de-expediente do 7° Distrito Policial, Themildo Duarte das Trevas – acusado de ter usado de violência contra a aposentada Iraci Oliveira dos Santos, 62, em uma operação da Polícia Civil, ocorrida ontem, no bairro do Jacintinho – deu sua versão para o caso na manhã de hoje. Segundo Themildo Duarte, ele sequer estava no local.
A operação foi realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos e 7° DP. O objetivo – segundo Themildo Duarte – era para prender um dos membros da quadrilha de Eraldo do Gás, envolvido em assaltos e homicídios. Conforme o chefe-de-expediente, a Polícia Civil de Alagoas “tomou conhecimento de que o suspeito identificado como Jamerson estaria na residência da aposentada”.
“Ela tentou obstruir o trabalho dos policiais e agrediu um dos agentes, que prestou queixa. Ela quebrou os óculos dele com um soco. O policial me disse que só não reagiu a altura porque se tratava de uma senhora e optou pelo procedimento do inquérito. Como já disse, eu sequer estava no local. Espero que esta senhora se retrate”, colocou Duarte.
Segundo Duarte, foi uma surpresa para ele ver seu nome estampado na Gazeta de Alagoas. “Eu não sei porque esta mulher fez isto. Quem me conhece sabe que nunca agi de violência. Não sou um policial violento. É só perguntar para os presos que se encontram no 7° Distrito Policial. Sempre tratei todos com respeito”, defendeu-se o chefe-de-expediente.
Conforme Themildo Duarte, “a dona Iraci, na verdade, tentou impedir o trabalho da Polícia Civil, pois estávamos em diligência. O filho dela tentou impedir a passagem dos agentes. Foi dada voz de prisão a ele e – segundo os policiais da operação – a mulher tentou impedir a prisão do filho agredindo um dos nossos homens”.
Já a aposentada conta que por volta de 8h, a casa dela foi invadida por dez agentes, comandados pelo chefe-de-expediente Themildo Duarte das Trevas. “Ele é o mais violento de todos e não respeita a ninguém”, disse dona Iraci, a equipe de reportagem da Gazeta de Alagoas. Duarte é suspeito de comandar uma ação de tortura que resultou na morte do eletricista José Joaquim, ocorrido em 1999.