Teve início agora há pouco o mutirão de combate a dengue em Maceió. A ação, realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), pretende diminuir o alto índice de infestação da doença na capital alagoana. São 300 agentes comunitários de saúde (ACS), oito supervisores gerais e 30 supervisores de área, cobrindo ativamente 15 bairros da Capital. Com a previsão de 140 mil imóveis visitados durante os 20 dias de mutirão.
De acordo com o secretário Municipal de Saúde, João Macário, há uma grande preocupação não com o aumento dos casos de dengue em Maceió e sim o aumento de casos de dengue hemorrágica. “No ano passado – neste mesmo período do ano – forma registrados 12 casos de dengue hemorrágica com um óbito. Já este ano, são 11 casos com cinco mortes. A nossa maior preocupação é com a infestação da doença”, explicou.
O secretário ressaltou ainda que bairros como Ponta Verde e Pajuçara têm grande índice de infestação, chegando a 22%, quando o previsto pelo Ministério da Saúde é de 2 a 3% nos bairros de infestação mais alta.
“Este índice cresce nos bairros nobres pela grande concentração de prédios, principalmente em construção. São águas que se acumulam nas lajes dos prédios em construção e até nas grelhas de escoamento de água do subsolo. Nos bairros nobres há, ainda, uma certa resistência e rejeição ao trabalho dos agentes comunitários de saúde pelo medo de não se tratar do profissional”, afirmou Macário.
A SMS orienta a população que todo agente trabalha devidamente caracterizado com crachá e fardado. Em caso de dúvida, João Macário informou que o proprietário da residência pode ligar para a secretaria e certificar se a pessoa que se apresentou é realmente um agente comunitário de saúde.
“Entendemos o medo da população pela violência que vivemos. Mas precisamos que as pessoas deixem os profissionais fazerem a vistoria. E o mais importante é que cada pessoa ponha em prática tudo aquilo que é necessário fazer para evitar a infestação da doença na cidade”, completou.
