Associação negocia com MP e INSS o fim da greve

O vice-presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos), Luiz Carlos Argolo, se reúne na tarde desta segunda-feira em Brasília, com representantes do Ministério Público e o presidente do INSS, Valdir Simão, para negociar o fim da greve da categoria. Segundo o presidente da ANMP, Eduardo Henrique Almeida, a categoria exige do INSS “um mínimo de garantia de segurança do trabalho para acabar com a greve”.

A paralisação dos peritos teve início na última quarta-feira como uma manifestação de advertência de 48 horas e foi transformada em greve por tempo indeterminado após o assassinato, também na quarta-feira, da chefe da perícia médica de Governador Valadares (MG), Maria Cristina de Souza Felipe.

“Como um mínimo de segurança nós nos referimos à colocação imediata de seguranças armados nas agências do INSS com histórico de agressões; o reforço da segurança nas demais agências e a imediata transferência da entrega do laudo da perícia ao segurado para um funcionário administrativo, até que a entrega pelos Correios seja efetivada”, explicou
Eduardo Almeida.

Além das questões imediatas de segurança, os peritos querem ainda a correção do texto da Medida Provisória 316 que criou o nexo epidemiológico. “Nós aceitamos o nexo doença-trabalho, mas não aceitamos a presunção de incapacidade sem exame médico”, informa Eduardo Almeida. Outro ponto da pauta emergencial que será negociada hoje é o fim das
hostilidades por parte do governo para com a perícia médica.

“O resto da pauta nós aceitamos que seja tirado um compromisso, com organograma para ser implementada. Mesmo sem que as outras medidas sejam tomadas, só com o compromisso, nós voltamos para o trabalho. Mas, os nossos pedidos sobre segurança, fim das hostilidades e a MP 316 terão que ter atendimento imediato para decretarmos o fim da greve”, disse Eduardo Almeida.

Eduardo Henrique Almeida lembrou que a categoria está em assembléia permanente e que a paralisação atinge mais de 90% da categoria, que está preocupada em manter os 30% de atendimento emergencial. A direção da ANMP lembra que foi a própria Associação, e não o INSS, que determinou quais os segurados terão atendimento prioritário, já que a perícia médica não tem atendimento de emergência e que todas as consultas são agendadas.

Fonte: Assessoria

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