Dois quartos, sala, cozinha e banheiro – tudo em aproximadamente 31 m2 de área construída. Esse é o modelo para cerca de nove mil casas que devem ser construídas em todos os 102 municípios alagoanos.
O projeto está sendo discutido desde o final do ano passado, mas só foi firmado na última semana, em uma reunião entre representantes da Caixa Econômica Federal e da Agência Alagoana de Habitação e Urbanismo (AGAHU).
De acordo com a responsável pelo órgão, Iara Lane Menezes, serão cerca de três mil casas populares feitas com a utilização de material de concreto e PVC e outras seis mil feitas com o modelo tradicional, de blocos e cimento.
“Amanhã teremos uma reunião com a Caixa, para ver a quantidade de municípios que já está com tudo pronto. Depois vamos encaminhar os municípios a Secretaria Executiva de Infra-Estrutura, que vai dar início ao processo de licitação”, explicou.
O projeto prevê a construção de pelo menos 25 casas em cada município e a maioria das casas serão construídas em Maceió, onde serão 718, todas na região do Benedito Bentes. Outros municípios que também serão bastante beneficiados são Arapiraca, que terá 500 casas, e Rio Largo, que terá 432.
“O processo de licitação deve durar em média 45 dias e a expectativa é que as construções comecem ainda este ano. Pelo acordo, a prefeitura fica responsável pelo projeto social mais a cessão do terreno; o Estado fica com a instalação da energia elétrica e do sistema de abastecimento de água; e a Caixa com a construção das casas”, afirmou Iara Lane.
Casas de PVC
Com a realização do projeto, o Estado vai ganhar as primeiras casas populares construídas com PVC e concreto. O modelo está construído no Senai – Poço e Tabuleiro – e é chamado de “Casa Alagoana”, por ter sido desenvolvido em Maceió.
“O projeto foi feito pela Braskem e técnicos da empresa Vipal, do Rio Grande do Sul, onde existem várias casas com a mesma infra-estrutura e voltadas para pessoas de classe alta e média”, explicou o coordenador dos projetos de Construção Civil do Senai, Cleider Teixeira.
A nova tecnologia não exige manutenção das casas, deixa o custo em torno de R$ 10,5 mil e a durabilidade em torno de 50 anos. “Essa nova tecnologia tem muitos aspectos positivos, a casa é montada como um brinquedo tipo ‘lego’, na base de cimento e a construção é em sete dias”, disse Teixeira.
Segundo Iara Lane, as casas de PVC beneficiarão cerca de três mil famílias, de doze municípios, incluindo Maceió e Arapiraca.