Depois de uma campanha empolgante até a semifinal, a seleção brasileira encerrou sua participação no Mundial feminino com uma derrota histórica para os EUA na decisão da medalha de bronze. Campeãs das duas edições anteriores do torneio, as norte-americanas massacraram as donas da casa por 99 a 59, neste sábado, no ginásio do Ibirapuera.
Esta foi a sexta derrota do Brasil para os EUA em nove jogos disputados no Mundial. Foi também o resultado mais elástico a favor das norte-americanas nesse confrontos. Antes, o recorde era a vantagem de 32 pontos obtida na edição de 1975 (104 a 72).
O último triunfo do time nacional sobre as adversárias aconteceu há 12 anos, quando ainda contava com Paula e Hortência, na semifinal de 1994 – o jogo (110 a 107) ainda é o de maior número de pontos na história da competição.
A quarta colocação é uma evolução em relação ao Mundial passado, em 2002, quando a equipe brasileira ficou apenas em sétimo lugar. Mas é também uma confirmação de que o Brasil vem perdendo terreno em relação às três potências da modalidade – EUA, Rússia e Austrália -, que dominaram o pódio de todas as competições importantes neste século.
A última vez que a seleção brasileira conseguiu "furar" esse domínio dos rivais aconteceu há seis anos, nas Olimpíadas de Sydney, quando derrotou a Rússia nas quartas-de-final para depois conquistar a medalha de bronze.
O grande destaque da partida deste sábado foi a armadora Diana Taurasi, que joga no Phoenix Mercury, da WNBA. Ela marcou 28 pontos, convertendo seis de sete tentativas de três pontos (aproveitamento de 86%). Pelo Brasil, a melhor em quadra foi a ala Janeth, com 16 pontos, cinco rebotes e quatro bolas roubadas.