O desafio do nó apertado

O "Amazan" é forrozeiro paraibano dos bons e "Luizinho de Irauçuba" é poeta cordelista e repentista cearense arretado. Certo dia os dois se encontraram e Luizinho, para não perder o jeito, lançou o desafio "eu quero o nó apertado" que "Amazan" musicou para eternizar a obra, que ficou assim:

-Eu quero o nó apertado/ Se quiser pode apertar/ Nó quanto mais apertado/ Melhor prá se desatar/ Quero que faça uma conta/ Onde se veja adição/ Subtração, divisão/ Multiplicação já pronta/ A sua cabeça tonta/ Vai ferver de tanta dor/ Pois sem ser computador/ Ninguém consegue essa cancha/ Esse você não desmancha/ Taí o nó, cantador.

E a resposta:

-Oito e oito 16/ Vezes três 48/ Menos 30 são 18/ Vamos dividir por 3/ Esse resultado é 6/ No quadro do divisor/ Usei multiplicador/ Adição, subtração/ Mostrei cada operação/ Traga outro nó cantador.

O desafio prossegue a agora o desafiante quer saber em quantas partes se divide o corpo humano? E vem a resposta:

-Através dos meus esforços/ Das três partes eu me lembro/ São cabeça, tronco e membro/ 208 ossos/ Uns finos outros mais grossos/ Quebrado provoca dor/ Dá medo, causa pavor/ Um esqueleto pelado/ Taí o nó desatado/ Traga outro nó cantador.

Peleja do diabo com o dono do céu

Quem sabe os números do desafio do "nó apertado" possam explicar os resultados desencontrados das pesqusas de intenção de votos em Alagoas, realizadas por quatro institutos diferentes – GAPE, Ibope, Datamétrica e Sensus cada um chegou a resultados desiguais, apesar dos três últimos não se distanciarem tantos quanto o GAPE.

Diante de tantos desencontros, o eleitor se sente vítima de armação; o pleito eleitoral, antes das urnas, passa esse período nas mãos dos manipuladores de números – ou seria manipuladores de consciência? – contra os quais a lei não age como deveria.

Não cabe pré-julgar o trabalhos desses institutos, mas já se sabe antecipadamente que um deles está certo e os outros três errados; ou um só está errado e os demais certos. Não seria o caso de a legislação cassar o registro do instituto que erra fragorosamente na sua avaliação?

Se nada acontecer, na próxima eleição teremos a repetição do erro e este, de tão repetido, será incorporado à cultura; e o que era erro passa a ser arma cobiçada na guerra dos votos, estabelecendo-se assim outra opção para os candidatos usarem contra os adversários.

Se o jornalista carioca Sérgio Porto, que ficou conhecido pelo pseudônimo de Stanislau Ponte Preta, fosse vivo, incorporaria as pesquisas eleitorais ao seu "Fêbêapá" ( Festival de besteira que assola o País). Mas, esses erros não têm graça nenhuma.

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