O alto índice de ocorrências relacionadas à dengue este ano demonstra a necessidade de maior mobilização e conscientização da população maceioense.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro até setembro deste ano, foram notificados 2.124 casos da doença. Destes, 1.124 foram confirmadas como o tipo clássico da doença e oito, como hemorrágica. Os registros ainda mostram que ocorreram cinco mortes suspeitas que tenham sido causadas por dengue, o que reforça a preocupação do município com a situação.
Em palestra proferida nesta semana para os funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, no auditório da SMS, o coordenador do Programa de Combate à Dengue em Maceió, Paulo Carvalho, destacou a importância do envolvimento da sociedade no combate à doença.
“As pessoas não têm consciência da gravidade dessa doença. É importante que elas estejam cientes de que ela pode levar até mesmo à morte, de que ela não é uma simples virose”, alerta o coordenador.
“Um único mosquito pode contaminar 300 pessoas. Nós não podemos permitir que nossas residências sejam criadouros do Aedes aegypti. Todos nós precisamos ter responsabilidade com isso. Cada um deve fazer a sua parte”, finalizou Paulo Carvalho.
Doença
A dengue pode atacar qualquer um e deve ser tratada com o devido acompanhamento médico. É importante, portanto, estar atento a alguns sintomas gerais como a febre alta persistente, muitas vezes passando dos 40 graus; dor de cabeça, dor nos olhos, nos músculos e nas juntas; surgimento de manchas avermelhadas por todo o corpo e, em alguns casos, ocorrendo o sangramento da gengiva e do nariz. A falta de apetite e a sensação de forte fraqueza é uma outra característica comum.
A doença já é considerada um problema gravíssimo de saúde pública, especialmente em países tropicais (como o Brasil), onde o clima e os hábitos urbanos oferecem maiores condições para o desenvolvimento e proliferação do transmissor.
A melhor maneira de se prevenir, ainda, é tomar pequenos cuidados diários como não deixar água parada nas caixas d’água, tonéis e tanques; jogar os recipientes descartáveis tampados e diretamente no lixo; e substituir as plantas aquáticas por plantas com terra. Desobstruir e nivelar as calhas ou bicas das casas também são ações simples que não irão permitir a proliferação do Aedes aegypti.
Com Secom/Maceió