Sem uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para aumento de salários e de participação em lucros e resultados, os bancários decidiram nesta tarde continuar em greve por tempo indeterminado.
De acordo com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), no terceiro dia de paralisação 185 mil dos cerca de 400 mil bancários do país mantiveram adesão à greve, que atinge 25 estados, mais o Distrito Federal.
Segundo a assessoria de imprensa da Contraf, havia a expectativa de uma reunião com a Fenaban nesta tarde, que acabou não ocorrendo. A última negociação ocorreu no dia 3, quando a Federação ofereceu aos bancários reajuste salarial de 2,85% e participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% do salário, mais R$ 823 de parte fixa (os R$ 800 pagos em 2005, corrigidos pelos 2,85% de reajuste proposto), além de um adicional de R$ 750 para os bancários de instituições que tiverem crescimento de 20% do lucro líquido ou mais.
Os bancários reivindicam, por sua vez, aumento real de salários de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Fora isso, querem o fim do assédio moral e das metas abusivas e a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que foram alvo de fusões, entre outros pontos.