As plantas medicinais além de fazer bem à saúde do corpo têm tudo também para fazer muito bem ao bolso dos produtores rurais brasileiros. Essa é a opinião do agrônomo Cirino Corrêa Júnior, um dos autores do primeiro volume do manual Plantas Medicinais e Orientações Gerais para o Cultivo – Boas Práticas Agrícolas de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares, lançado nesta terça-feira (17), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Corrêa afirmou que chegou a hora de transformar copaíba, capim-santo, camomila, manjericão e muitas outras plantas medicinais em um negócio sustentável.
Segundo dados do ministério, 65% da população dos países em desenvolvimento utilizam plantas medicinais para prevenção e tratamento de problemas de saúde. O mercado de plantas medicinais e fitoterápicos cresce no mundo todo, principalmente nos países industrializados, onde são movimentados cerca de US$ 20 bilhões ao ano, disse o agrônomo. E o Brasil movimenta US$ 520 milhões, com uma expectativa de se chegar a US$ 1 bilhão em 2010, completa a agrônoma Marianne Christina Scheffer, também autora do manual.
Scheffer ressalta que o Brasil detém 25% da biodiversidade das espécies de plantas do planeta. “Imagine como esse mercado pode expandir-se em parceria com os produtores”, sublinha. De acordo com ela, esse é um segmento que apresenta retorno econômico, gera empregos, utiliza pequenas áreas e privilegia a produção familiar.
A cartilha, realizada de forma conjunta por instituições e pessoas dedicadas ao cultivo, contém orientações básicas sobre a seleção de material genético, técnicas de cultivo, de colheita, secagem e comercialização. Revela também a importância das plantas medicinais para a prevenção e tratamento de problemas de saúde.
Segundo o Ministério da Agricultura, o manual busca fomentar e expandir a produção desses vegetais no país.
O manual, lançado hoje, é o primeiro de uma série sobre plantas medicinais. Pode ser adquirido, gratuitamente, no Ministério da Agricultura. A partir de novembro, será distribuído nas superintendências estaduais do ministério.