Ministério discute implantação da telemedicina no HU da Ufal

O uso de recursos da informática para a transmissão de dados médicos e controle de aparelhos a distância há muito deixou de ser obra da ficção científica no mundo, mas só agora a telemedicina está virando realidade em hospitais públicos brasileiros. Através da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia, vinte hospitais universitários de vários Estados, inclusive de Alagoas, e instituições vinculadas a eles começam a ter acesso a esta técnica, que promete provocar uma verdadeira revolução na assistência e no ensino.

O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) da Ufal, o único do Estado a participar da rede, aguarda a aprovação do projeto de conexão à RUTE pelo Comitê Assessor responsável. Só então, passará à fase efetiva de implantação da infra-estrutura. A expectativa é de que no começo de 2007 a grande maioria das instituições participantes da RUTE esteja conectada, compartilhando dados, consultas, diagnósticos, imagens e vídeos médicos.

Toda infra-estrutura da RUTE, de alta capacidade e qualidade, será fornecida pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), um investimento de cerca de R$ 5 milhões.

O projeto RUTE e a implantação da telemedicina em hospitais públicos serão temas da conferência que começa logo mais às 8h30, no Hospital Universitário, pelo coordenador nacional de Telemedicina do Ministério da Ciência e Tecnologia Luiz Ary Messina. A conferência é parte de uma programação extensa de atividades da VI Jornada Multidisciplinar do HUPAA, que teve início na última segunda-feira.

A telemedicina, que começou a ser desenvolvida na década de 60 com a corrida espacial – quando as funções vitais dos astronautas no espaço eram monitoradas por médicos, na terra – compreende a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico.
No Brasil, o uso da telemedicina poderia acabar com as principais dificuldades na área de saúde, que são recursos escassos, distribuição irregular e, principalmente, as grandes distâncias entre os centros de excelência em medicina e os locais mais carentes.

Vários serviços podem ser prestados por profissionais da área de saúde usando tecnologias de informação e de comunicação para o intercâmbio de informações válidas para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças. Outra possibilidade de uso da telemedicina é a educação a distância, auxiliando na atualização de profissionais da saúde.

A implantação da RUTE no Hospital Universitário da Ufal trará impactos científicos, tecnológicos, econômicos e sociais para os serviços médicos já existentes, permitindo a adoção de medidas simples e de baixo custo, como a implantação de sistemas de análise de imagens médicas com diagnósticos remotos, que pode contribuir muito para diminuir a carência de especialistas, além de proporcionar treinamento e capacitação de profissionais da área médica sem deslocamento para os centros de referência.

Fonte: Tamara Albuquerque

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