Pacientes do interior prejudicam funcionamento de hospitais em Maceió, afirma promotor

A redução no número de atendimentos e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em três hospitais de Maceió foi a pauta da audiência realizada hoje, na sede do Ministério Público Estadual.

Entre os presentes, o promotor de Justiça, Ubirajara Ramos, e os representantes diretor da Santa Casa de Misericórdia, Humberto Gomes, representante do Hospital do Açúcar e Álcool de Alagoas, Carlos Ronaldo Nero, o diretor do Sanatório, Adeilson Cavalcante e o secretário Municipal de Saúde, João Macário.

Na ocasião, os diretores dos hospitais relataram que a redução foi necessária devido à falta de verbas por parte da Secretaria Municipal de Saúde para o funcionamento regular dos atendimentos e cirurgias dos pacientes assistidos pelo SUS.

Segundo Ubirajara Ramos, o grande problema dos hospitais em Maceió é o elevado número de pessoas vindas de outros municípios. “Os pacientes vindos de outras cidades eleva o faturamento de Maceió e prejudica o Teto de Assistência Ambulatorial e Hospitalar do município que é de R$ 196 milhões. Muitos casos poderiam ser resolvidos na cidade do paciente, no entanto, os hospitais recebem os recursos e enviam os enfermos a Maceió”, ressalta.

As alternativas discutidas para solucionar o problema estão no repasse de verbas dos municípios para Maceió, o aumento dos recursos destinados a Maceió e as próprias cidades assumirem o atendimento do SUS. “Iremos analisar a vasta documentação entregue para solucionarmos rapidamente o problema. Enquanto não resolvermos os problemas, os atendimentos continuarão reduzidos”, disse o promotor.

Atendimento

Cerca de 50% do atendimento nos três principais hospitais de Maceió são reduzidos, o que deixa mais de duas mil pessoas sem auxílio do SUS.

Na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, mensalmente são realizadas aproximadamente 100 cirurgias pela rede pública, e com o corte, apenas 26 pessoas serão beneficiadas.

De acordo com o Humberto Gomes, o serviço será honrado dentro da situação em que cada hospital se encontra. “O que temos que fazer é adequar o teto financeiro do Ministério da Saúde à situação atual da saúde no Estado. Os médicos já estão sendo treinados para informar aos pacientes sobre a redução”, finalizou.

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