O pentacampeão mundial com a seleção brasileira e atual técnico da seleção portuguesa de futebol, Luiz Felipe Scolari, concedeu entrevista coletiva agora há pouco no Hotel Ritz Lagoa da Anta, a convite da construtora Cipesa, que está lançando o Condomínio Laguna, às margens da Lagoa Mundaú, com 900mil m2.
Felipão, que estava de bom humor e só reclamou do fuso horário- são quatro horas de diferença para Portugal- destacou a felicidade de poder voltar a Alagoas onde vivenciou parte de sua carreira esportiva- foi jogador e técnico do CSA. O treinador brasileiro disse que é uma alegria quando surge a possibilidade de voltar a Maceió, sobretudo quando aliada a investimentos bem sucedidos.
O treinador, um dos mais respeitados do mundo, ressaltou as belezas naturais e afirmou que Alagoas é o lugar ideal para investimentos, sobretudo para os portugueses.
Os temas abordados durante a coletiva foram os mais variados e Felipão discorreu sobre todos eles com pertinência, embora tenha se recusado a especular sobre o futuro e um improvável novo contrato com a Confederação Brasileira de Futebol para comandar a seleção brasileira.
No quesito seleção brasileira, disse ainda não ter condições de avaliar o trabalho desenvolvido pelo técnico Dunga e que acha que deve “cuidar dos seus próprios problemas”, mas defendeu que é preciso deixar Dunga trabalhar com tranqüilidade.
O técnico garantiu que a Europa 2008, competição que reúne as melhores seleções da Europa, é um projeto pessoal e que pretende cumprir integralmente seu contrato com a federação de futebol daquele país, que perdurará até junho de 2008.
Perguntado sobre o clima de eleições vivenciado no Brasil, Felipão disse apenas que gostaria que o novo presidente dedicasse seu tempo para cumprir aquilo que prometeu à população durante a campanha, independente de quem seja o vencedor e declarou que para isso é fundamental que ele esteja cercado de bons colaboradores.
Voltando ao tema futebol, Scolari negou que atuar na Europa seja melhor ou pior que trabalhar no Brasil. Afirmou que sua decisão de trabalhar fora do país após a conquista do penta, em 2002, passou por um projeto de vida, de trabalhar e morar na Europa, e o apoio que vem recebendo em Portugal, o ambiente e a integração da sua família comprovou que a escolha foi acertada.
Scolari também fez uma breve avaliação do Mundial da Alemanha e disse que o nível técnico era aquele esperado pelos treinadores e lamentou o pouco tempo de treinamento que os profissionais têm para trabalhar antes da competição, o que no final compromete o espetáculo.
Quanto à renovação da seleção portuguesa, Scolari disse que ela vem se dando de forma “gradual e natural” uma vez que alguns craques anunciaram aposentadoria e novos talentos surgem a todo momento e devem ser testados à medida que as oportunidades forem surgindo, embora parte da imprensa portuguesa não entenda seu planejamento e eventualmente surjam críticas, o que ele também considera natural.
Felipão também apontou o bom relacionamento e o respeito mútuo que existe entre ele, atletas, comissão técnica e Federação Portuguesa de Futebol, e que todos esses fatores são determinantes para que os resultados sejam positivos.
O brasileiro disse que se sente orgulhoso com o relacionamento que desenvolveu com o povo português, com as cores da bandeira espalhadas pelo país e pelos estádios lotados sempre que a seleção vai a campo. Segundo ele, parte desta identificação se dá porque ele “fala com o coração” e que espera que este relacionamento se mantenha até o fim.
No aspecto motivacional, Felipão foi taxativo, ele se modificada de acordo com a situação. “Se fizermos um retrospecto recente, conquistamos (portugueses) o vice-campeonato da Euro 2004, ficamos em 1º lugar na classificação do nosso grupo para a Copa da Alemanha, garantimos a quarta colocação no mundial e estamos totalmente focados na Euro-08. Não nos falta motivação”.
Além da coletiva, consta ainda da programação do lançamento, a realização de um café-da-manhã, amanhã, com os proprietários dos lotes do Condomínio Laguna.
