Cavalcante perdeu o bigode em São Paulo

O ex-coronel Manoel Cavalcante foi obrigado a raspar o bigode no presídio de São Bernardes, em São Paulo; a revelação foi feita pelo juiz Marcelo Tadeu, para ilustrar a tese de que Cavalcante só tem regalias em Alagoas.

Ouvido pelos colegas que compõem o Núcleo de Combate ao Crime Organizado em Alagoas, por estar entre os ameaçados de morte, o juiz da Vara das Execuções Criminais é contra a permanência de Cavalcante em Alagoas.

-“É sabido que ele (Cavalcante) ainda tem poder, tem até quem lhe preste continência e o trate por coronel no presídio”, disse o juiz na sua argumentação.

Humilhação

O ex-militar perambulou por vários presídios do País nos últimos 18 meses e apesar da agressão física sofrida em Pernambuco, a experiência mais amarga foi em São Paulo; no presídio de São Bernardes teve de retirar o detalhe que era sua característica desde aspirante – o largo bigode.

Cavalcante se sentiu humilhado com a determinação da direção do presídio, que ainda o colocou numa cela isolada sem direito a rádio e televisão; e o “banho de sol” também era solitário – Cavalcante não tinha contato com ninguém no presídio.

A ordem para que raspasse o bigode foi exatamente a forma de enquadrá-lo; sua fama chegou primeiro ao presídio e o tratamento era a maneira de avisar que não teria regalias. O Núcleo é quem vai decidir pela transferência de Cavalcante, mas a decisão será baseada no que os juizes que estariam ameaçados por ele vão dizer.

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