Pesquisa realizada pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade) aponta que 63% dos entrevistados pretendem usar o 13º salário para pagar dívidas já contraídas. O abono, geralmente, é pago em duas partes, nos dias 30 de novembro e 20 de dezembro.
No ano passado, a pesquisa revelou que 58% pretendiam usar o abono para quitar os débitos e, em 2004, a intenção foi manifestada por 60%.
O coordenador da pesquisa Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac, orienta que o consumidor pague todas as dívidas, principalmente as que têm encargos maiores como cartão de crédito e cheque especial, que podem somar juros mensais de 10,35% e 7,97%, respectivamente.
Dos entrevistados pela pesquisa, apenas 15% pretendem usar o dinheiro do 13º para a compra de presentes e outros 11% querem poupar os recursos para pagamentos dos impostos que vencem em janeiro, como IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores).
A pesquisa aponta também que 4% pretendem usar parte do 13º para compra ou reforma de casa e 5% já receberam o abono ou anteciparam junto aos bancos. Apenas 2% pretendem poupar a parte que sobrar.
Para Oliveira, após quitar as dívidas, o consumidor deve tentar reservar os valores necessários para as despesas do início do ano e para os gastos do Natal que vão vencer em janeiro, como cheques pré-datados e cartão de crédito.
Se o consumidor, após quitar as dívidas e se resistir aos apelos comerciais do final do ano, ainda conseguir poupar dinheiro, Oliveira indica que os valores sejam aplicados em fundos de renda fixa ou caderneta de poupança.
Dívidas
De acordo com a pesquisa da Anefac, 33% das dívidas em aberto dos consumidores que devem ser liquidadas com o 13º são do cheque especial. Outras 25% são com cartão de crédito e 22% tratam da regularização do nome junto a órgão de proteção ao crédito.
Outros 12% das dívidas são com prestações do comércio em atraso, 5% são dívidas com financiamento bancário e 3% são outros débitos, como telefone, escola e tarifas públicas.
Gastos
Daqueles que pretendem usar o 13º para compras no final do ano, 28% devem gastar entre R$ 200 e R$ 500. Outros 26% vão gastar até R$ 200, 18% pretendem gastar entre R$ 1.000 e R$ 2.000 e 17% entre R$ 500 e R$ 1.000. Apenas 8% vão gastar entre R$ 2.000 e R$ 5.000 e 3% mais de R$ 5.000.
Dos itens citados pelos entrevistados como compras prováveis de Natal, os brinquedos e as roupas lideram as preferências e são citados por 85% e 80% dos consumidores, respectivamente.
Os eletroeletrônicos foram lembrados por 77% dos pesquisados e 68% responderam celular como preferência.
