Combustível faz custo de vida recuar para 0,27% em outubro, diz Dieese

O custo de vida dos paulistanos recuou de 0,39% para 0,27% entre setembro e outubro deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Entre as principais quedas está o item Transporte individual, especial por conta da redução do preço do álcool em 6,7%

As elevações verificadas para Alimentação (1,37%), Habitação (0,21%) e Despesas Pessoais (0,83%) resultaram em contribuição conjunta de 0,42 no cálculo da inflação. No entanto, a alta foi , em parte, compensada pelas quedas ocorridas em Transportes (-0,76%) e Equipamento Doméstico (-0,42%), que juntos, reduziram o ICV-DIEESE de outubro em -0,15.

Na Alimentação, o principal reajuste de preço foi identificado nos produtos in natura e semi-elaborados (3%). Entre os produtos com elevação de preço que se destacaram estão aves e ovos (8,79%), com aumento predominante no frango (12,25%) e pouca variação nos ovos (0,34%), carnes (4,78%), com reajuste maior na bovina (5,10%) e estabilidade na suína (0%) e raízes e tubérculos (4,03%), com alta acentuada na batata (17,65%) e quedas na cebola (-9,41%) e cenoura (-5,52%).

Houve retração em todos os subgrupos que compõem o Equipamento Doméstico (-0,42%), com destaque para rouparia (-1,74%) e eletrodomésticos (-0,52%).

Entre as despesas com Transportes, a queda de 0,76% resultou de redução no subgrupo individual (-1,03%), devido à diminuição de preço dos combustíveis (-1,86%), sendo acentuada a queda no álcool (-6,70%). O transporte coletivo não teve alteração em suas tarifas.

Com o resultado de outubro, o ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese acumula alta de 1,57% no ano e de 2,16% nos últimos 12 meses em São Paulo.

Estratos

No mês passado, o custo de vida subiu mais para as famílias de menor renda. Para o grupo com rendimento médio de R$ 377,49, o ICV atingiu 0,55%.

Para o estrato 2, que contempla as famílias com renda média em torno de R$ 934,17, a taxa foi de 0,38%. Entre a população de maior poder aquisitivo, com renda em torno de R$ 2.792,90, a variação ficou em 0,15%, a mais baixa para o mês.

O que mais pressionou a inflação entre as famílias mais pobres foi o aumento verificado nos alimentos. Já para o grupos com maior rendimento, a redução nos combustíveis permitiu uma desaceleração, já que o índice caiu de 0,34% para 0,15%.

Fonte: Folha Online

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