A menos de 15 dias para a estréia do novo formato do Carnaval fora de época de Maceió – o Maceió Light – ainda há dúvidas sobre a possibilidade do evento não acontecer.
Nesta tarde, representantes de diversos órgãos ligados ao meio ambiente estiveram na sede do Ministério Público, onde formalizaram uma reclamação sobre o local do evento, que está previsto para acontecer no próximo dia 18, na orla da Ponta Verde e Jatiúca.
Estiveram presentes à reunião, representantes do Sindicato de Hotéis e Restaurantes de Maceió, Sindicato das Empresas de Turismo, Associação Brasileira de Agentes de Viagens, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes e Associação de Moradores do Stella Maris.
Segundo o promotor de Justiça do Núcleo do Meio Ambiente, Francisco Albuquerque, os representantes que estiveram presentes na reunião afirmam que o evento poderá causar danos ao meio ambiente.
“O Maceió Light é um evento de grande porte, com atrações como Chiclete com Banana, que têm histórico de concentrar muita gente; no entanto, entendemos que terá uma grande demanda de pessoas o que poderá ocasionar problemas ao meio ambiente, como poluição das praias, casas e bares”, disse o promotor.
O promotor explica que, para que o evento ocorra, os empresários deverão solicitar, junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, uma licença definitiva afirmando que o evento não trará nenhum dano ao meio ambiente.
“Os empresários têm apenas uma licença prévia para realizar o evento, que será proibido de acontecer ao ser constatado que a ação irá prejudicar os moradores e empresários do loca,l assim como o meio ambiente; no entanto, para que o Maceió Light aconteça, os empresários terão que procurar a Secretaria Municipal do Meio Ambiente para requerer a licença definitiva”, explica o promotor.
Após o protocolo de reclamação, o Ministério Público irá acionar, ainda hoje, o secretário Municipal do Meio Ambiente, Ricardo Ramalho, para saber a atual situação do evento e buscar soluções para o problema.
“Caso seja constatado que o Maceió Light prejudica o meio ambiente, iremos pedir que a prefeitura não autorize o evento. No entanto, todo o procedimento administrativo terá que acontecer até o dia 17, antes do acontecimento do evento”, finalizou o promotor.
Laudo
O Ministério Público de Alagoas vai requisitar à Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) um laudo técnico para verificar se o Maceió Fest Light, pode causar riscos de danos ambientais à orla da capital.
De acordo com o promotor de Justiça Francisco Albuquerque, a Secretaria deve apresentar o laudo dentro de três dias. “Os organizadores conseguiram uma licença prévia para garantir a realização do evento através da SMCCU e a licença definitiva, que permite integralmente a realização com autorização de outros órgãos, inclusive da Sempma, pode ser fornecida até o dia 17. Por isso, estamos instaurando um procedimento administrativo em caráter emergencial”, afirmou Albuquerque.