Genéricos crescem quase 49% no 3º trimestre e somam US$ 284 milhões

Os medicamentos genéricos registraram no terceiro trimestre de 2006 um crescimento de 48,89% em relação ao mesmo período de 2005, segundo a Pro Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos). As vendas entre julho e setembro somaram US$ 284,2 milhões, contra US$ 190,8 milhões no mesmo período de 2005.

Entre julho e setembro deste ano foram comercializadas 51,4 milhões de unidades de genéricos no mercado brasileiro, contra 40,5 milhões em relação ao mesmo período do ano passado, um crescimento de 26,9%.

O mercado farmacêutico total, por sua vez, registrou evolução menor nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. O conjunto da indústria registrou vendas de 371,6 milhões de unidades, entre julho e setembro de 2006, contra 344,6 milhões em igual período de 2005, registrando alta de 8%.

Pelo critério de preço, houve avanço de 23 % no período.
As vendas totais foram de US$ 2,6 bilhões, no terceiro trimestre de 2006, uma alta de 23% na comparação com 2005, quando os valores somaram US$ 2,1 bilhões.

A participação dos genéricos nas vendas totais da indústria farmacêutica brasileira encerrou o trimestre em 14,2%, pouco mais de dois pontos percentuais em relação ao final do terceiro trimestre de 2005, quando totalizou 12%. Em valores, também houve aumento na participação dos genéricos, de 9,3% entre julho e setembro de 2005, para 11,4% em 2006.

Regiões

A Pro Genéricos estima que o segmento deva alcançar 20% de participação do mercado total de medicamentos no Brasil até 2007. Porém, os fabricantes afirmam que o segmento já poderia ter alcançado os 20% de participação se tivessem desempenho equivalente nas cinco regiões do país.

Um estudo da Pro Genéricos em relação ao primeiro semestre deste ano constatou que, enquanto a média nacional de participação de mercado foi de 12,28%, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste registraram market share abaixo da média.

No Centro-Oeste, a participação dos genéricos é de 8,29%. No Norte e Nordeste o segmento representa 8,3% e 9,78%, respectivamente.

As regiões Sudeste e Sul tem as maiores participações, com 13,35% e 13,32%, respectivamente.

Na relação com o mercado total, o Sudeste responde por 65,14% dos genéricos comercializados, seguido do Sul (15,27%) e Nordeste (13,43%). Centro-Oeste e Norte representam 3,75% e 2,41%, respectivamente.

"Chegou o momento do mercado de genéricos começar a se desenvolver de forma mais equânime em todas regiões do país. Se assim fosse, não tenho dúvida de que teríamos uma participação de mercado ainda mais relevante", conclui Vera Valente, diretora executiva da Pro Genéricos.

Para a entidade, o mercado de genéricos se desenvolveu nas regiões do país onde prevalece maior poder aquisitivo e mais acesso à educação. "Nas regiões mais longínquas e carentes, a falta de campanhas públicas favoráveis ao consumo de genéricos faz toda a diferença. É justamente a população mais carente que está deixando de consumir os genéricos, o que é uma incoerência, tendo em vista que estes medicamentos custam, em média, 45% menos que os medicamentos de referência", afirmou.

Apesar das distorções regionais, a Pro Genéricos mantém a projeção anterior, indicando os genéricos com 20% de participação no mercado farmacêutico local em 2007.

Fonte: Folha

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