Oito dias após o início da greve nacional dos residentes, a situação nos hospitais está sob controle. Os serviços essenciais foram mantidos em nove hospitais universitários ouvidos pela Folha de S.Paulo, apesar do comprometimento de cerca de 25% no atendimento.
Cerca de 70% das cirurgias foram canceladas no Hospital Universitário de Sergipe, em Aracaju. Estão sendo atendidos apenas os casos de emergência e de cirurgias simples.
No Hospital Universitário da Universidade Federal de Alagoas, em Maceió, cerca de 30% das cirurgias foram canceladas. Na maioria dos hospitais universitários, os professores estão assumindo os atendimentos.
Os alunos de Medicina estão fazendo o atendimento ambulatorial no Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O mesmo acontece no Hospital Universitário Professor Edgard Santos, em Salvador.
No Hospital Universitário Walter Cantídio, da Universidade Federal do Ceará, houve adesão total dos residentes à greve. Eles não estão exercendo nenhuma atividade no hospital e os professores estão cobrindo os atendimentos.
O diretor clínico do Hospital da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Joaquim Ferreira de Souza, disse ter solicitado aos órgãos de saúde que não encaminhem pacientes para internação no hospital. Os residentes da unidade hospitalar aderiram ao movimento de greve nesta quinta-feira (9).
Em alguns casos, como no Hospital João 23, em Belo Horizonte, no Hospital Universitário da UFJF, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, os residentes montaram uma escala mínima e continuam comparecendo ao trabalho para cobrir emergências e plantões nas UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo).
No Hospital das Clínicas de Porto Alegre, vinculado à UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), apenas 5% dos pacientes que foram aos ambulatórios com consultas marcadas não foram atendidos. As consultas serão remarcadas após o término da greve.