A próxima sexta-feira, 17, será marcada pela mobilização e sensibilização da população para o controle da tuberculose, em Maceió: é chegado o Dia “D” de combate à doença. Como ato simbólico, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estarão concentrados na Unidade de Saúde José Araújo Silva e realizando busca ativa em todo o bairro do Jacintinho.
“Essa localidade, em especial, é uma das que possuem maior carga (índice) de tuberculose, em todo o município. Nossos agentes de saúde irão, ainda, dar orientações sobre a doença, principalmente, sobre a importância da continuidade do tratamento”, explica a coordenadora do Programa Municipal de Tuberculose da SMS, Vanessa Almeida.
O índice de abandono do tratamento ainda é bastante alto, por isso apenas 73% dos casos chegam à cura. “Ele deve ser seguido por seis meses, sem interrupções. Mas, muitas pessoas, quando começam a se sentir melhores, param o tratamento. Esse é um grave erro, pois elas ainda não estão curadas até o fim desse período”, alerta a coordenadora.
Sem o tratamento adequado, o avanço da doença começa a provocar sintomas graves. De pequenas lesões, os bacilos cavam as chamadas cavernas tuberculosas, no pulmão, que costumam inflamar com freqüência e sangrar. A tosse, nesse caso, não é seca, mas com pus e sangue (hemoptise).
A Secretaria, por sua vez, vem ampliando o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS), inseridas no Programa de Controle da Tuberculose. Em 2005, apenas 14 UBS dispunham do serviço de acompanhamento e tratamento do agravo. Este número, atualmente, subiu para 48, ou seja, 85% das unidades da Capital. “Nossa intenção, contudo é chegar a 100% das unidades”, ressalta Vanessa Almeida.
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, transmitida pelo ar, causada por uma bactéria chamada “bacilo de Koch”. Ela pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões (75% ou mais), sendo chamada tuberculose pulmonar. Em Maceió, somente no ano passado, foram registrados 540 casos da doença. Este ano, 420 pessoas já foram infectadas.
