Parcialmente tranqüilo, foi assim durante toda a manhã de hoje no Sistema Prisional de Alagoas. Após os cinco dias de conflito envolvendo três unidades prisionais, os reeducandos resolveram dar uma trégua ao quebra-quebra e a onda de violência.
Avaliado ontem pelo secretário Executivo de Ressocialização, tenente-coronel Aurélio Rosendo, os cinco dias de conflitos resultaram na morte de dois detentos, 11 fugas, dez recapturas e 24 presos atendidos na Unidade de Emergência Dr. Armando Lages.
No saldo também, consta a depredação da maioria dos nove módulos do Cyridião e de aproximadamente 15 celas do presídio Rubens Quintella.
A crise no Sistema prisional teve início na última sexta-feira, quando detentos do módulo II do presídio Cyridião Durval, fizeram refém um companheiro de módulo reivindicando a saída do secretário, a melhoria na assistência médica e a celeridade na avaliação processual por parte do Judiciário alagoano.
Nos cinco dias de rebelião, a reivindicação era a mesma. Essa insatisfação generalizada quanto a morosidade da Justiça fez com que o secretário de Ressocialização encaminhasse um relatório, para as partes envolvidas com a causa carcerária, mostrando a atual situação processual dos reeducandos e os principais pontos de reivindicações.
De acordo com o Rosendo, como as unidades prisionais estão voltando a sua normalidade, amanhã deverá ter normalmente visitação da família.
A afirmação de que haverá normalmente visitação nas seis unidades prisionais do Sistema Prisional trouxe uma menor aflição para os parentes dos presos que passaram os últimos dias de vigília na porta do sistema a procura de informações dos parentes enclausurados.
“Até o momento está tudo tranqüilo no Sistema Prisional e as atividades de visitação vão acontecer normalmente amanhã, podendo apenas haver uma redução no horário. Mas até o momento haverá visita no período normal”, completou Rosendo.