Polícia prende Ari, o maior traficante de maconha de Alagoas

Alagoas24horasAri, sendo ouvido na Delegacia de Satuba

Ari, sendo ouvido na Delegacia de Satuba

O traficante Amauri Barbosa Ferreira, 40, considerado o principal repassador de maconha do Estado, foi preso agora há pouco, em Satuba. Ari é considerado foragido da Justiça e quando desapareceu estava no regime semi-aberto.

A prisão de Ari foi ‘pura sorte’ para a polícia e uma infelicidade para o homem que comandou o tráfico de maconha no Estado, principalmente na década de 90.

No final da tarde ele trafegava no Pólo de placa MVA 8362-Maceió, quando percebeu a aproximação de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Só que os policiais não estavam à procura do traficante que, assustado, fez uma manobra arriscada, desviou o veículo para um canavial, no Tabuleiro, em chamou a atenção dos policiais.

Os patrulheiros perceberam a manobra e iniciaram uma perseguição. Como Ari não obedeceu a ordem para parar o veículo eles efetuaram vários disparos na direção do Pólo, que acabou capotando. Segundo os policiais rodoviários, no Pólo iam três pessoas, que conseguiram fugir pelo canavial.

A droga

Quando os policiais fizeram a abordagem no Pólo perceberam que já não havia mais ninguém. Durante a vistoria eles encontraram cinco sacos de maconha, totalizando 30 kg, avaliados em R$ 6 mil, além de uma pistola 380.

De posse da droga e já sabendo que o veículo era ‘esquentado’ – o carro era do mato grosso e havia sido roubado em Maceió, também estava com placas e o chassi adulterados – os policiais acionaram reforço e continuaram as buscas.

A prisão

O segundo erro de Ari foi imaginar que as buscam haviam terminado. A pé ele foi visto por um motorista – não identificado – que ligou para a Delegacia de Satuba avisando que Ari estava descendo a ladeira do Catolé, em direção a Satuba.

Os policiais foram em direção ao local informado e prenderam Ari em plena BR-316, a caminho de Satuba.

Na Delegacia ele confessou ser o dono da droga, que foi comprada no interior de Pernambuco. Quanto aos outros dois elementos vistos pelos policiais rodoviários Ari negou e disse que estava só.

Ari estava com a documentação – RG e CPF – em nome de Marcondes Alves Santos. Segundo ele, em depoimento na Delegacia de Satuba, o documento custou R$ 100 e foi adquirido em Arapiraca, a uma pessoa identificada apenas como Jorge.

Ele foi ouvido na Delegacia de Satuba e encaminhado à Delegacia de Plantão – Deplan 2, onde estão o diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino.

Histórico

Amauri Barbosa Ferreira, 40, o Ari do Morro, é foragido da Justiça e considerado um dos maiores traficantes do Estado. Ele deu nome a um dos pontos mais antigos de venda de drogas da capital alagoana, o Morro do Ari, no Jacintinho.

Ele foi a júri popular no dia 23 de março de 2005 e inocentado, por unanimidade, pelo assassinato do policial militar João Vicente de Lima, o João Fuba. Na ocasião o promotor de Justiça Criminal, Alfredo Gaspar de Mendonça, entendeu que o inquérito policial militar tinha uma série falhas e pediu a absolvição dos acusados.

Ari já cumpriu pena no presídio Baldomero Cavalcante e chegou a ser julgado e condenado a 59 anos de detenção, por tráfico de drogas e pelos assassinatos de José Maria da Silva, o “Douglas”, em outubro de 2000, do aposentado Severino Macena Rodrigues, em agosto de 1992.

A prisão de Ari foi acompanhada pela equipe de reportagem do Plantão Alagoas e serão exibidas amanhã.

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