PMDB deve aprovar apoio ao governo de coalizão de Lula

O PMDB deve formalizar ainda nesta semana a decisão de integrar o governo de coalizão proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o seu segundo mandato. Depois de almoço realizado nesta terça-feira na casa do presidente do PMDB, Michel Temer (SP), líderes do partido afirmaram que a legenda caminha para a unidade em torno do apoio ao governo federal nos próximos quatro anos.

"Há um consenso nas correntes do PMDB em torno da coalizão. De onde não se espera é de onde sai. O PMDB vai estar unido, não significa que será a unanimidade do partido. A unanimidade do partido é possível, mas difícil", disse o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A decisão sobre integrar o governo de coalizão será tomada pelo Conselho Política do PMDB, na próxima quinta-feira. A expectativa dos peemedebistas é aprovar por maioria o ingresso na coalizão durante a reunião do conselho e, na sexta-feira formalizar ao presidente Lula que o partido vai integrar a sua base de sustentação política.

Segundo o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), o partido caminha para aprovar o apoio à coalizão. "Há uma manifestação majoritária no sentido de participar do governo", disse Braga. O governador acredita, inclusive, no diálogo dos líderes peemedebistas com o grupo de seis senadores que promete fazer oposição ao governo Lula.

O senador José Sarney (PMDB-AP) também aposta na união do partido para o apoio ao governo federal mesmo diante da dissidência anunciada pelos seis parlamentares. "Nós somos o maior partido do país. É natural que haja pontos-de-vista diferentes e que não exista unanimidade. Mas todos precisamos compreender que o PMDB precisa apoiar a governabilidade", afirmou.

O almoço foi organizado pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia com objetivo de reunir as correntes do PMDB em torno da proposta de coalizão. A exemplo de Renan e Braga, Quércia acredita na união do partido em torno do apoio a Lula. "Há consenso para participarmos da coalizão", disse.

Cargos

Apesar da sinalização de que o PMDB vai integrar, com pequenas dissidências, a base de sustentação do governo federal, Temer disse que ainda não é o momento de o partido discutir o tamanho da participação no governo –que, segundo ele, será "expressiva".

"Vamos cumprir etapas, uma coisa de cada vez. Primeiro conversei com o presidente Lula, depois vamos consultar o partido sobre o governo de coalizão. Em seguida, se o nosso apoio for aprovado como esperamos, vamos discutir os cargos", encerrou.

Fonte: Folha On Line

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