Logo depois de abrir o 2º Fórum Senado Debate Brasil, no auditório do Programa Interlegis, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou, em entrevista, que deu um prazo de cinco dias para os líderes partidários indicarem os integrantes da comissão parlamentar de inquérito que vai investigar o funcionamento das organizações não-governamentais (ONGs).
"Estabeleci esse prazo e espero agora que os líderes façam as indicações. Se não indicarem, vou fazer como fiz das vezes anteriores: vou indicar. Do ponto de vista do Regimento e da Constituição, não há outra coisa a fazer senão isso. Foi exatamente esse o comportamento que adotei nas CPIs anteriores", explicou Renan.
Indagado pelos mesmos jornalistas se haverá tempo para essa CPI começar a funcionar ainda neste ano, o presidente do Senado afirmou que, no que depender dele, isso será possível. Renan explicou que, estando conferidas as assinaturas de apoio à CPI, havendo fato determinado para investigação e lido o requerimento, não há nada que impeça a instalação dessa comissão, já que os líderes têm um prazo exíguo para indicar seus integrantes.
"Os líderes falavam em fazer um acordo, mas esse acordo não chegou a mim e, em não chegando, não tive outra coisa a fazer senão mandar ler o requerimento. O acordo era para começar os trabalhos dessa CPI no próximo ano, mas a Mesa não poderia ficar indefinidamente esperando que esse acordo acontecesse. E, em não acontecendo, mandei fazer a leitura do requerimento. Agora estou esperando as indicações. Se não indicarem, eu o farei, sempre obedecendo à Constituição e ao Regimento", ressaltou o presidente do Senado.