Renan diz que PMDB não abre mão de disputar presidência do Senado

Depois do anúncio do PFL de que vai indicar o senador Agripino Maia (RN) para disputar a presidência do Senado Federal, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que o PMDB deve reivindicar a presidência da Casa por reunir o maior número de senadores para a próxima legislatura. "O PMDB tem a maior bancada, vamos continuar defendendo o direito de indicar o presidente do Senado. O partido não vai abrir mão do direito de indicar", disse.

Renan articula nos bastidores para ser reeleito presidente do Senado em meio à pressão do PFL para que abra mão do cargo. O PFL argumenta que elegeu 20 senadores na disputa de outubro. Na avaliação do partido, o dia da diplomação dos senadores eleitos (que leva em conta o resultado das eleições) deve servir de parâmetro para a indicação do novo presidente do Senado.

O PMDB, por outro lado, alega que o partido terá o maior número de senadores no dia da posse, em 1º de fevereiro do ano que vem, já que alguns pefelistas prometem deixar o partido –entre eles a senadora Roseana Sarney (MA), que já anunciou o desligamento do PFL e deve se filiar ao PMDB. Na opinião de Renan, a posse dos senadores é o parâmetro para a indicação do presidente da Casa. "Não se pode retroagir", afirmou.

O senador disse defender a união dos partidos em torno de um único nome para a presidência do Senado. "Se isso acontecer por consenso, melhor, isso qualifica o processo." A candidatura de Renan tem o apoio do Palácio do Planalto, mesmo sem o presidente do Senado assumir publicamente que já é candidato à reeleição. O senador prefere manter as articulações nos bastidores para evitar um confronto direto com Agripino e prejudicar o apoio ao seu nome entre os parlamentares.

Folha Online

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