Agora há pouco, os movimentos sem-terra que ocupavam a Praça Sinimbú, em frente ao Tribunal Regional Eleitoral, desmontaram as barracas e deixaram o local. No entanto, ao invés de retornarem ao interior do Estado, como estava previsto, os trabalhadores rurais sem-terra invadiram o Porto de Maceió.
De acordo com as primeiras informações, os manifestantes estão na porta do Porto de Maceió e já começam a bloquear as portas dos armazéns. Cerca de 2 mil pessoas se encontram no local. Os sem-terra improvisaram uma caminhada na Avenida da Paz e entraram dentro do Porto de Maceió.
Desde ontem, os trabalhadores mantém silêncio absoluto e não falam com a imprensa. Esta é a segunda vez que os sem-terra invadem o Porto de Maceió. A primeira vez foi no ano de 2000. De acordo com o coordenador do MLST, Marrom, os agricultores farão acampamento no local até serem atendidos pelo Governo Federal.
Marrom colocou que a invasão do órgão já estava programada há três dias. O coordenador destacou que o ato é pacífico e que deixarão o Porto de Maceió trabalhar, mas quem está do lado de fora não entra mais. A ação dos movimentos podem atrapalhar as viagens de cruzeiros que estão programadas para este fim de semana.
Os movimentos – de acordo com Marrom – pretendem reunir em torno de 5 mil pessoas no Porto de Maceió. Três grupos participam da invasão, o MST, MLST e o MTL. Entre as reivindicações está a cobrança de maior celeridade no processo de reforma agrária em Alagoas.
No dia de ontem, os movimentos fizeram caminhadas e cobravam a elucidação da morte do sem-terra Melquiades, ocorrida em Atalaia. Além do acampamento da Praça Sinimbú, os sem-terra invadiram também a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em Alagoas.
Neste momento, os sem-terra se encontram reunidos com a direção do Porto de Maceió. Os líderes do movimento concederão coletiva às 10 horas da manhã de hoje.