O 1º vice-presidente da Câmara, deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), afirmou hoje que a implementação da urna eletrônica para votações secretas na Câmara não está na contramão da PEC do Voto Aberto (349/01). Em coletiva sobre a instalação da urna, Nonô disse acreditar que o Senado, ao votar a PEC, vai manter a votação secreta em alguns casos, como a eleição das Mesas Diretoras.
Nonô declarou que é favorável ao voto aberto em processos de cassação, mas disse que a escolha de integrantes da Mesa deve ser secreta, para evitar pressões do Poder Executivo e constrangimentos aos arlamentares. "Escolher uma Mesa da Casa, para deputados com mais de um mandato, é escolher entre dois, três, quatro pessoas que são todas amigas, companheiros de trabalho, e isso gera naturalmente um constrangimento", afirmou.
A urna eletrônica deverá ser utilizada na próxima quarta-feira (6), na eleição para uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Antes, o Plenário precisa aprovar o Projeto de Resolução 117/03 para autorizar o procedimento. Nonô, que é relator do projeto, avalia que não haverá dificuldades para votá-lo. O texto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).