Pesquisa do Instituto Dinamarquês da Epidemiologia do Câncer mostra que não há relação entre o uso de celulares e aumento do risco de câncer. O estudo foi realizado com mais de 420 mil usuários de telefones móveis que começaram a assinar o serviço entre 1982 e 1995. Segundo o site Playfuls.com, o estudo abrangeu mais da metade dos dinamarqueses que adquiriram celular no período. Comparado com a população em geral, não há nenhum diferença significativa no grupo analisado.
De acordo com o portal BetaNews, recentemente foram publicadas várias pesquisas sobre o assunto, algumas conflitantes. Uma delas, de agosto, mostrou que não há risco de câncer no cérebro. Outra de janeiro também demonstrou que não há risco de tumores cerebrais, mas um estudo divulgado em março contradizia essas conclusões. Na Finlândia, está sendo conduzida uma pesquisa sobre os riscos da radiação do celular para a pele humana.
Porém, a maior pesquisa de campo é a dinamarquesa porque, pela primeira vez, são oferecidas evidências concretas. "Os métodos aplicados sugeriram que o uso de celulares não oferecem um risco substancial para tumores de cérebro, nem a longo nem a curto prazo", dizia o relatório. Os resultados foram publicados no Journal of the National Cancer Institute.
O estudo encontrou 14.249 incidências de câncer no grupo de estudo. Essa taxa não é considerada anormal. Foi registrado um risco menor que o de cânceres relacionados ao cigarro, mas isso provavelmente é devido à classe econômica a que pertencem as pessoas analisadas, que teriam renda mais alta e fumariam menos que a população em geral.
Outra pesquisa do mesmo Instituto chegou à conclusão de que os celulares podem causar pequenos tumores benignos nos nervos auditivos.