O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta quarta-feira que já tenha fechado um acordo com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), sobre a concessão de um reajuste salarial para os parlamentares.
Segundo Renan, esse é um assunto "inevitável", mas que ainda não foi discutido. "Não discutimos nada. É um assunto inevitável, mas estamos com a pauta trancada e ainda não tratamos disso".
O procurador da República no TCU, Lucas Furtado, disse que é favorável ao aumento desde que isso signifique uma redução das indenizações que os parlamentares recebem.
"Essas indenizações foram criadas apenas para os parlamentares juntarem notas fiscais e possam aumentar seus salários sem pagar Imposto de Renda. Aumento por aumento, no momento atual que o país vive, não se justifica. Mas se na prática significar reduzir as indenizações, sou favorável."
Reportagem publicada hoje pelo jornal "O Globo" informa que Renan e Aldo teriam fechado um acordo para equiparar o salário mensal de R$ 12.847,20 dos parlamentares à remuneração dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), de R$ 24.500.
De acordo com a matéria, o aumento seria votado no dia 22, último dia de trabalho da atual legislatura. Furtado, do TCU, disse não acreditar que esse assunto vá ser discutido "na calada da noite".
Folha Online