Em seu discurso de despedida do Senado Federal, que deixa para assumir o cargo de governador de Alagoas, o senador Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL) relembrou, nesta quinta-feira, seu primeiro discurso feito por ocasião da homenagem da Assembléia Nacional Constituinte a seu pai, Teotônio Vilela, o Menestrel das Alagoas, quando se propôs a "resgatar a dívida do país com o povo", numa referência aos anos da ditadura militar.
Teotonio observou, porém, que, apesar de o país ter vencido desafios institucionais e econômicos como a hiper-inflação, não conseguiu vencer desafios sociais e crescer.
-O Brasil, que dominou por completo o processo inflacionário, não consegue desconcentrar a renda e atingir o desenvolvimento; a iniqüidade social não apenas persiste, como se amplia – lamentou.
Teotonio Vilela Filho assinalou que se passaram menos de 20 anos, porém o Brasil sofreu transformações de um século, como a eleição à Presidência da República de um antigo sindicalista, visitado por Teotônio Vilela na prisão. Em 12 anos, acrescentou o parlamentar, o Brasil já foi presidido até mesmo por ex-presos políticos, como o atual presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo.