Eles já travam três batalhas pelo mesmo cargo. No placar, Collor 2 x 1 Lessa. A ‘briga’ começou em 1986, quando Fernando Collor de Mello venceu Ronaldo Lessa na disputa pelo governo de Alagoas.
Dezesseis anos depois, em 2002, Lessa deu o troco, também para o governo, quando conseguiu a reeleição ainda no primeiro turno. Na revanche a disputa foi para o Senado e Collor levou a melhor com pouco mais de 50 mil votos à frente de Lessa.
Jogo encerrado e palanque desarmado? Para eles, não. Nesta segunda-feira, 18, às 10 horas, Collor e Lessa vão sentar no banco dos réus. O interessante é que acusados e acusadores são os mesmos.
Na primeira pauta os juízes do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) julgam a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida por Collor, que se refere a “suposto abuso de poder político, econômico e utilização indevida de veículos ou meios de comunicação”. Neste caso, a Tribuna de Alagoas e Tribuna Circular, ambos pertencentes a Editora Tribuna de Notícias (ETN). O relator é o corregedor-regional eleitoral e juiz federal Leonardo Resende Martins.
Na seqüência é a vez dos desembargadores julgarem o mesmo tipo de ação, só que movida por Lessa. A ação de Lessa vem reforçada com outra AIJE, com a mesma acusação contra Collor, só que movida pelo governador eleito Teotonio Vilela Filho (PSDB). O relator também é o juiz Leonardo Resende Martins.
