A reunião de líderes convocada para discutir a questão do reajuste do salário dos parlamentares foi adiada para amanhã, às 11h. Originalmente marcada para esta terça-feira, às 17h, o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), decidiu transferi-la devido a ausência de líderes na Casa (a maioria encontra-se nos Estados por causa das diplomações).
A nova reunião de líderes foi marcada após o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar, nesta manhã, o ato das mesas diretoras que concedeu o aumento de acordo com o teto do Supremo, elevando o salário dos parlamentares para R$ 24,5 mil. Em sessão, os ministros do STF decidiram que a questão teria que passar pela aprovação do plenário.
Além da equiparação dos salários com o teto, há também a proposta do reajuste de acordo com a inflação, que elevaria o vencimento para R$ 16,5 mil. Na reunião de amanhã, que contará também com as mesas das duas Casas, os líderes devem deliberar qual a proposta da maioria. A data da votação da matéria no plenário também deve ser definida.
O Congresso só tem dois dias para votar a proposta, já que as sessões ordinárias não acontecem nas sextas-feiras e os parlamentares entram em recesso na semana que vem. Antes de votar a questão dos salários, no entanto, os deputados precisam apreciar quatro Medidas Provisórias, que trancam a pauta, a MP da soja, dos transgênicos, dos controladores de vôo e do financiamento imobiliário.
Apesar do pouco tempo, o presidente da Câmara descartou a possibilidade de convocação extraordinária para tratar sobre o reajuste. Ele disse ainda que a votação acontecerá ainda durante essa legislatura. "A votação pode acontecer amanhã ou na quinta-feira", disse.